Não são apenas atletas que vão representar o Vale do Itajaí nas Olimpíadas, que ocorrem de 5 a 21 de agosto, no Rio de Janeiro. região também terá agentes envolvidos no esquema de segurança da competição. Policiais militares de oito cidades do Vale e do Litoral vão integrar a Força Nacional e colaborar em missões como segurança de praças desportivas, isolamento de áreas determinadas pela organização e operações na cidade-sede dos Jogos.
No total, 15 policiais da 7ª Região da Polícia Militar de Santa Catarina foram deslocados temporariamente para reforçar as tropas da Força Nacional _ sete de Blumenau, seis de Brusque e dois de Rio do Sul. No Litoral, 19 profissionais vão ficar fora até setembro para atuar nos Jogos. A maior baixa ocorre em Itajaí e Balneário Camboriú, que cederam sete PMs cada. Os policiais da região embarcaram na semana passada e já estão à disposição da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp). O retorno aos batalhões de origem será somente após o fim dos Jogos Paralímpicos, no final de setembro.
Se o reforço vai ajudar o contingente de 9 mil homens da Força Nacional a garantir a segurança das Olimpíadas, no Vale e no Litoral a ausência dos 19 policiais será mais uma dificuldade a ser equacionada pelos comandos dos batalhões, que já sofrem com problema histórico de baixos efetivos. Para a comandante da 7ª Região da Polícia Militar de SC, coronel Claudete Lehmkuhl, por mais que a experiência de atuar na segurança de um evento como as Olimpíadas seja importante para os profissionais, a realidade atual faz com que qualquer saída de policial reduza o atendimento da PM.
— Mesmo sendo uma saída temporária, temos que aumentar esforços para conseguir desempenhar nosso papel e atender de forma que a comunidade não sinta efeitos. Os que ficam têm que se desdobrar — afirma.
Impacto também no Litoral
Sete policiais de Itajaí, sete de Balneário Camboriú, três de Navegantes, um de Itapema e um de Bombinhas integram a equipe do Litoral que deixou os batalhões para ajudar na missão no Rio. O comandante da 3ª Região da PM de SC, coronel Cláudio Roberto Koglin, afirma que a estratégia adotada para contornar o desfalque temporário foi reduzir a quantidade de policiais em modalidades como rondas de motocicleta, bike patrulha e policiamento a pé nas regiões centrais para manter o trabalho de rádio-patrulha, o que segundo ele, privilegia o trabalho ostensivo em detrimento do preventivo.
— Nós não estamos hoje em condições de ceder policiais. Temos que remanejar ações e obviamente um dos elos da corrente de segurança pública se torna enfraquecido _ avalia.
Além da Polícia Militar, o 23º Batalhão de Infantaria (BI) do Exército de Blumenau também terá profissionais para ajudar nas Olimpíadas. Um pelotão de fuzileiros, com 40 militares, deve embarcar para o Rio em julho e permanecer na capital carioca até o final das Paralimpíadas, em setembro. Os profissionais trabalharão subordinados ao 62º Batalhão de Infantaria, de Joinvile, e vão atuar no patrulhamento de vias de acesso e de locais de competição.
O comando estadual da PM-SC informa que em todo o Estado 200 policiais militaresforam deslocados para ajudar na segurança das Olimpíadas, número que representa menos de 2% de toda a corporação.
Efetivo da região nas Olimpíadas
Polícia Militar
Blumenau: 7
Brusque: 6
Rio do Sul: 2
Itajaí: 7
Balneário Camboriú: 7
Navegantes: 3
Itapema: 1
Bombinhas: 1
Total: 34
Exército
23º BI (Blumenau): 40