O Município de Itajaí, por meio da Superintendência Porto, investe mensalmente cerca de R$ 6 milhões na dragagem do canal de acesso aos terminais. A ação, que tem o propósito principal de garantir a entrada e saída de navios maiores no complexo portuário, também tem papel fundamental na redução dos impactos das inundações na cidade. Nesta semana, a draga NJORD, de injeção de água, atua no canal para eliminar sedimentos que causam assoreamento.
Atualmente, o canal tem uma média de 190 metros de largura e cerca de 14 metros de profundidade. Em 2008, por exemplo, quando a cidade foi atingida por uma das maiores enchentes de sua história, a largura do canal era de 150 metros e a profundidade inferior a 10 metros.
Conforme a Superintendência do Porto de Itajaí, duas modalidades de dragagem ocorrem no canal de acesso no rio Itajaí-Açu. Uma das dragas é a NJORD, que injeta potentes jatos de água no fundo do rio para que os sedimentos sejam eliminados junto com a correnteza. A outra é a draga holandesa Lelystadde, que atua por sucção. Ela carrega o sedimento do fundo do rio e o deposita em alto mar.
O serviço tem garantido grande vazão das águas das chuvas que descem do Vale do Itajaí. “Tivemos a maior vazão histórica da dragagem do canal do rio Itajaí-Açu durante esse período de cheias. A vazão normal do rio fica na faixa de 250 a 300 m³ por segundo. Na noite de quinta (12) para sexta-feira (13), a vazão atingiu 3.300m³/seg e manteve-se na faixa de 3000 durante o dia de sexta, o que também contribuiu para o escoamento das águas”, ressalta o superintendente do Porto de Itajaí, Fábio da Veiga.
Veiga ainda destaca que a implantação da nova Bacia de Evolução, área de manobras para entrada de navios gigantes de até 350 metros, alem do deslocamento de parte do molhe de Navegantes e o consequente aumento da boca da barra, também contribuíram para minimizar as cheias do rio Itajaí-Açu. O projeto foi concluído em 2019 e contou com investimentos de R$ 40 milhões pelo Município de Itajaí.
Nova draga
No início de novembro, uma nova draga autotransportadora (Hopper), a HAM 316, chegará à cidade para recuperação da profundidade do canal de acesso ao complexo portuário após esse período de chuvas e assoreamento do rio. Essa draga remove os sedimentos depositados no fundo do canal, carrega-os em sua cisterna e despeja-os num ponto indicado pelas autoridades ambientais como área de descarte.
Fotos: SECOM/PMI