Com cinco anos de carreira como piloto, o catarinense Ricardo Martins, de 36 anos, se prepara para o maior desafio desde que começou a competir, em 2011. Ricardo participa a partir desta segunda-feira, na categoria motos, do Rali Dakar, competição que reúne mais de 300 pilotos em cinco classes (motos, caminhões, carros, quadriciclos e UTV) e que, em 2017, será disputada no Paraguai, Argentina e Bolívia, até o dia 14 de janeiro. Serão 12 dias de disputas até os pilotos completarem os 9 mil quilômetros de prova.
Esta não é a primeira vez que Ricardo Martins disputará uma competição internacional. No ano passado, ele correu uma prova na Europa e, a partir dessa competição, surgiu a ideia de se inscrever para o Rali Dakar, principal desafio da categoria.
— Minha expectativa é conseguir acabar a prova. Lá, vou ver o nível dos competidores e vou me adequando a situação da corrida. Não posso cair no jogo de me empolgar e fazer besteira. A corrida é muito longa, não adianta querer forçar, tem que fazer sempre numa situação constante, para levar bem — explica o competidor.
Carreira vitoriosa levou a busca de novos desafios
O piloto de Palhoça, na Grande Florianópolis, é o único catarinense nesta edição do Dakar, que terá mais cinco pilotos brasileiros. são eles: Gregorio Caselani, Richard Fliter, Ricardo Martins, Marcelo Medeiros, Leandro Torres e Lourival Roldan.
— Comecei no rali em 2011, disputei cinco Ralis dos Sertões, já fui quatro vezes campeão brasileiro, e em 2016 eu coloquei esse objetivo de ir para o Dakar. Fiz a inscrição, acertei com meus patrocinadores e comecei a treinar e focar nessa competição — diz o piloto, que anda de moto desde os 15 anos de idade.
Além de piloto, Ricardo Martins é empresário. Casado e pai de um menina de oito anos, ele conta que começou a competir, em princípio, só para disputar o Rali dos Sertões, mas depois não conseguiu mais parar.
— Eu sempre fiz trilha, andei de moto e aí comecei a correr competições estaduais. Eu sempre tive sonho do Rali dos Sertões, foi esse meu foco. Eu ia correr em 2011 e só. Mas não foi isso, fui lá, continuei e acabei vendo que era o que eu queria, o que eu gosto de fazer — afirma Martins.