Estamos em contagem regressiva para este que promete ser o melhor verão dos últimos anos na região, principalmente para Balneário Camboriú. Depois de amargar uma virada praticamente sem turistas, no ano passado, a expectativa para este verão é a melhor possível, tanto para comerciantes, quanto para a rede hoteleira, que já prevê ocupação de até 95%, só no réveillon. Os dados são da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de SC (ABIH) e anima o setor, um dos mais prejudicados durante a pandemia.
Apesar de uma portaria divulgada recentemente pelo Governo do Estado, que fez com que algumas cidades recuassem nos planos para a virada de ano, em Balneário Camboriú, um dos réveillons mais badalados do sul do país está mantido. Inicialmente a portaria 1305 previa que eventos públicos de grande porte ao ar livre, que provocassem aglomerações, ou que tivessem estimativa de participação de mais de 500 pessoas, precisariam de rígido controle para que só participassem pessoas com vacinação completa. Logo em seguida, editaram o texto, esclarecendo que a mesma não proibia a realização de quaisquer tipos de eventos, em locais abertos, por prefeituras ou entidades privadas, como festas de Réveillon, por exemplo. Ou seja, se tudo permanecer como está, a festa vai acontecer em Balneário Camboriú, e promete!
Alargamento da faixa de areia
Recém concluído, o novo cartão postal de Balneário Camboriú ganhou as mídias nacionais. A mudança, que alterou a faixa de areia de 25 metros, para mais de 70 metros transformou a orla num dos locais mais frequentados da região. Antes mesmo de ser concluída já atraia visitantes, e agora, totalmente liberada, inclusive com direito a “cerimônia de inauguração da nova Praia Central”, turistas e moradores poderão aproveitar a praia com mais comodidade, espaço e segurança, uma vez que a quantidade de salva-vidas disponíveis será a maior da história. Serão 110, segundo o Corpo de Bombeiros. Um recorde! Os trabalhos dos profissionais devem começar no dia 15 de dezembro, quando inicia a “Operação Veraneio”.
Uma vista espetacular
Se das sacadas dos apartamentos e dos drones, cada vez mais populares, as imagens são deslumbrantes, tanto da areia, quanto da orla, imagina apreciar a vista de Balneário Camboriú do mar? Impossível não notar a presença das embarcações enfileiradas, principalmente na Barra Sul, berço náutico da região, com marinas e atracadouros. Uma passadinha pela Avenida Atlântica no verão e lá estão elas, imponentes, modernas e luxuosas, geralmente lotadas de pessoas que, além de se divertirem, ainda apreciam uma das vistas mais lindas do litoral catarinense.
Quem olha de cá se imagina lá, certo? Se você é um desses, que já cogitou apreciar a vista de dentro de uma embarcação, esse sonho de consumo possui alternativa no mercado para se tornar realidade, através do compartilhamento náutico.
O sistema de cotas náuticas, como é chamado, se popularizou nos Estados Unidos, sendo muito comum por lá. Aqui conquista cada vez mais adeptos, graças às suas inúmeras vantagens.
Quem comenta é o CEO de uma empresa de compartilhamento de barcos, Rodrigo Vieitez, da Iate Marine, que possui uma frota com 23 embarcações para compartilhamento.
– O compartilhamento é a possibilidade que um cotista tem de usufruir de uma embarcação, sem gastar um valor exorbitante por isso. Ao invés de comprar um barco, gastar com marina, manutenção, tripulação e demais taxas ele se torna um cotista de uma fração da embarcação, dividindo os custos mensais com os demais cotistas. A economia pode chegar a 85% por mês, pontuou.
A ideia de tornar um bem acessível a um maior número de pessoas é o que torna o compartilhamento tão atrativo, mas não é só isso. A gestão da embarcação, onde a empresa fica responsável por cuidar do patrimônio, também é um diferencial.
De acordo com dados da Associação Náutica Brasileira (Acatmar), o ritmo de crescimento do setor náutico dobrou no ano passado, quando a expansão chegou a 30% – mesmo porcentual mantido no acumulado de 2021. O presidente da entidade, Leandro Ferrari, comenta que o crescimento, impulsionado pela pandemia, também ocorreu na esteira do mercado mais robusto de seminovos e pelo mercado de venda compartilhada. “Barco não é coisa só para rico.”
– As vendas compartilhadas têm representado uma fatia cada vez maior da venda de embarcações e é uma tendência que veio pra ficar, comemora Rodrigo Vieitez.
Imagens: Digulgação Iate Marine