A música emociona, une os povos e transcende fronteiras. Prova disso aconteceu durante o Festival de Música de Santa Catarina (Femusc), maior festival-escola da América Latina, que reúne instrumentistas de 20 países em Jaraguá do Sul.
Na noite deste domingo, data em que o acidente da Chapecoense completou dois meses, a delegação da Colômbia subiu ao palco e homenageou as vítimas da tragédia.
Durante o Concerto das Nações, no qual os alunos apresentaram músicas populares de seus países, os colombianos fizeram questão de lembrar os afetados pela queda do avião. A iniciativa partiu da aluna Geraldine Caratt Lópes, que mobilizou seus conterrâneos para mostrar solidariedade ao Estado e ao time.
— Decidimos fazer essa homenagem porque, assim como eles, nós também somos jovens tentando alcançar nossos sonhos — disse.
Geraldine explicou que, quando os músicos souberam do acidente, foi como se tivesse acontecido com os próprios irmãos, primos, amigos e torcida.
— Por meio da música que gostamos fizemos essa homenagem ao time e demostramos o quanto sentimos a sua perda.
Os instrumentistas subiram ao palco vestindo a camisa da seleção colombiana, pediram um minuto de silêncio e, depois, ao som de Mi buenaventura, surpreenderam o público com bandeiras do Brasil e da Chapecoense.
O Grande Teatro da Sociedade Cultura Artística de Jaraguá do Sul (Scar), com capacidade para mil pessoas, estava lotado durante a homenagem. A delegação colombiana é a maior delegação formada por estrangeiros, com 38 instrumentistas. O grupo só fica atrás da delegação brasileira, que tem 163 músicos.
O concerto, que já é tradicional na programação do Femusc, também teve a participação de alunos da Holanda, Estados Unidos, Nicarágua, Equador, Honduras, México, Costa Rica, Chile, Paraguai, Argentina e Peru. Cada nação levou ao teatro suas tradições através de vestimentas, danças e ritmos típicos.
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