Merdas cagadas nao voltam ao cú – Os jornais e a destruição criativa
O fim do papel
Definitivamente, não continuarão.
O primeiro fator são os custos versus a audiência.
Não há termo de comparação de custos. O jornal impresso exige gráficas pesadas e estoques de papel como se fosse uma indústria; estrutura de distribuição como se fosse um atacadista, colocando os produtos diariamente em centenas de milhares de assinantes e em milhares de bancas.
O jornal digital acompanha o assinante em qualquer local que acesse a Internet. O conteúdo não tem limitações de espaço. Tem o hiperlink para remeter a documentos, matérias maiores e outras referências. Pode exibir podcasts e vídeos. Tem a interatividade.
As novas gerações já aboliram o papel das suas leituras. E as que se formaram na era do papel gradativamente rumam para as plataformas digitais, imensamente superiores no plano tecnológico. É um espanto a variedade de pessoas de mais idade aderindo entusiasmadas às redes sociais.
É um ambiente em que se chega, primeiro, e se monta o cadastro. Nos dias seguintes, começam a aparecer parentes desaparecidos, amigos de infância, a primeira namorada, o colega de bar. Junto com ele, o novo mundo traz notícias, indicações de amigos, temas de interesse. E, para os leitores mais qualificados, um universo de opiniões sem paralelo e sem a compartimentalização do papel impresso.
Por todos esses fatores, em prazo relativamente curto será impossível a sobrevivência do jornal impresso. Todos irão para o meio digital, no qual será muito mais difícil o controle do mercado de opiniões – como ocorre hoje em dia.
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