O Semasa deu início, neste mês, no serviço de limpeza da rede coletora de esgoto, com trabalhos concentrados na Praia Brava até meados de maio. Nesta quinta-feira (30), a equipe trabalha na Avenida Osvaldo Reis com apoio do caminhão hidrojato e autovácuo. O objetivo é remover os resíduos que ficam acumulados nas tubulações e nos poços de visita (PVs), que compõem a rede de coleta de efluentes, diminuindo assim as obstruções e manutenções em motobombas.
O procedimento é executado ao menos uma vez por ano, abrangendo toda a extensão da rede coletora em operação da cidade. O roteiro completo tem duração de seis a oito meses e a limpeza é executada diariamente durante esse período.
Os principais resíduos encontrados pelas equipes são areia, gordura, matéria orgânica decantada e papel higiênico, que ficam acumulados na rede. Também são removidos sólidos lançados indevidamente na rede coletora, como produtos diversos de higiene pessoal, restos de concreto de obras, objetos plásticos, gordura em excesso, pedaços de madeira, entre outros.
Os resíduos removidos são destinados a uma estação de tratamento de efluentes licenciada e certificada, de forma a garantir tratamento e disposição final adequados.
A limpeza de rede é feita a cada trecho de tubulação entre dois PVs, seguindo o sentido do fluxo de esgoto. A lavagem da tubulação é realizada inserindo uma mangueira do tipo hidrojato dentro de um PV e fazendo com que ela percorra todo o trecho até o próximo PV. O jato tem a função de desprender e transportar os resíduos ali acumulados. Uma outra mangueira, com a função autovácuo, recolhe os resíduos desprendidos e os armazena no tanque do caminhão. Por fim, a equipe faz a limpeza do PV utilizado para acesso à tubulação, com o auxílio dos caminhões especializados. O mesmo procedimento é executado nos próximos trechos, até completar toda a extensão da rede.
Em 2019, foram removidos das tubulações 174 toneladas de lixo. Isso equivale a oito quilos por habitante, nos bairros com sistema de coleta de esgoto em operação. A engenheira sanitarista do Semasa, Adriana Helena Ramos dos Santos, explica que os materiais podem prejudicar as operações da Estação de Tratamento de Esgoto, no bairro Cidade Nova. Os maiores sedimentos são barrados na entrada do sistema, no gradeamento. Mesmo com as limpezas preventivas, 32 toneladas de materiais alcançaram as estações Eelevatórias e a ETE em 2019.
Além das soluções técnicas, uma outra frente para o aumento da eficácia do sistema está na educação ambiental. “A ETE está na ponta do processo conhecido como ciclo da água e reflete diretamente a conscientização da comunidade. Aplicando tecnologia de ponta e informações de qualidade, a cidade fica limpa por completo”, observa o diretor geral da autarquia, Diego Antonio da Silva.
Os bairros Cabeçudas, Fazenda e Centro estão na programação de limpeza nos próximos meses.