Um pastor que supervisiona duas escolas particulares cristãs acusou o Ministro da Educação de Spruce Grove, no Canadá, de forçar um “poder ditatorial” sobre a questão dos direitos LGBTs. O líder insiste que não tem nenhuma intenção de aceitar a nova política do governo, segundo informou o site CBC News.
“Você tem o direito de criar uma aliança entre gays e héteros”, escreveu o Ministro da Educação David Eggen, em uma carta aberta aos estudantes de Alberta. “Você tem o direito de usar o banheiro que identifica melhor a sua identidade de gênero”, continua o documento.
Na carta, o Ministro afirma que os estudantes podem entrar em contato com sua equipe “que pode ajudar a garantir que seus direitos sejam respeitados”.
“Eu tenho o dever como pastor de proteger o rebanho de Deus”, pontuou o pastor Brian Coldwell, que também é presidente da Sociedade Independente Cristã Batista de Educação. Ele cuida de duas escolas na zona rural de Parkland County, com 200 alunos.
“Não vou permitir que ativistas gays venham aqui e minem os nossos ministérios e a nossa liberdade religiosa. Muito menos que confundam ou corrompam nossas crianças”, ressaltou.
“Eu não vou permitir que o ministro da educação mande alguém para vir aqui. Ele não tem esse poder ditatorial”, disse o pastor, cujo conselho recebe entre 60% e 70% do seu financiamento educacional.
Novas regras
No início deste ano, o Ministro da Educação de Alberta elaborou regras para apresentar políticas LGBTs até o final de março. Algumas dessas regras resistiram e no caso do Conselho de Administração da escola Edmonton, Eggen designou um consultor para ajudar a moldar a nova política.
O pastor e supervisor disse que os estudantes que não concordarem com os valores cristãos de seu conselho de administração poderão participar de outras escolas. “Nós não estamos dizendo que a comunidade gay não tem qualquer direito”, disse ele. “Mas eles simplesmente não podem vir aqui e empurrar sua agenda, ou o que se pode chamar de ‘ideologia do arco-íris’”, disse.
“Há uma grande diferença entre a proteção dos alunos e a promoção de um estilo de vida”, finalizou. Coldwell ainda criticou o governo, dizendo que nunca foi devidamente consultado pelos conselhos escolares religiosos.