A transexual Luana Biersack, de 14 anos, foi encontrada morta ao lado de um lago em Novo Itacolomi, no norte do Paraná. Ela desapareceu em 13 de abril e teve o corpo encontrado no último fim de semana, segundo a Polícia Civil.
Quatro adolescentes são suspeitos do crime. Dois deles foram internados, a pedido da Justiça, no Centro de Socioeducação (Cense) de Apucarana, por homicídio e ocultação de cadáver.
Os outros dois foram liberados, com restrições, porque não participaram diretamente da morte e cooperaram com as investigações, diz o delegado José Aparecido Jacovós, responsável pelo caso.
Conforme o delegado, o crime foi cometido por homofobia. “As investigações mostraram que não houve motivo nenhum para matarem a vítima, a não ser por preconceito. Teve agressão e violência antes da morte. A causa principal, pelo que observamos, é mesmo por intolerância”, comenta Jacovós.
Luana, batizada Lucas Mateus, foi agredida com chutes e socos e morta por afogamento, depois de se relacionar sexualmente, com consentimento, com os suspeitos, afirma a polícia. O corpo foi atirado em uma represa, ao lado do lago.
Luana já havia relatado ameaças no Facebook, mas, segundo o delegado, não procurou a polícia por esse motivo. Jacovós diz, no entanto, que a polícia havia sido comunicada de outro crime envolvendo a adolescente: o envolvimento com um conselheiro tutelar do município de Borrazópolis, que teve prisão preventiva decreta, mas encontra-se foragido. Os casos, porém, não têm ligação, apontou a investigação.