Era um dia normal de treinos na academia HM, em Dubai. Henrique “Lagartixa” Santana ministrava uma aula de jiu-jítsu, até que um baixinho chamou a atenção. Ele não trajava roupa típica do povo local, possuía um caminhar peculiar – com gingado latino – tatuagem nos braços e brinco na orelha. A proximidade não deixou dúvidas ao brasileiro: diante dele estava Diego Armando Maradona, ídolo eterno da Argentina e um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos.
O encontro se deu em 2014. O faixa-preta de jiu-jítsu recorda, em entrevista ao Combate.com, que apesar de a situação ter contornos surreais, não titubeou nem por um momento de que era, de fato, o ex-atleta, morador de Dubai, que está em Abu Dhabi acompanhando seus atletas no Mundial Profissional de Jiu-Jítsu.
– Foi uma surpresa, mas não tive dúvida nenhuma quando o vi caminhando, atravessando a recepção rumo ao tatame. As pessoas ficaram confusas, talvez pela forma como ele aparentava. Andei para cumprimentá-lo, eu o reconheci imediatamente. Foi interessante, é uma sensação sinistra ter uma celebridade daquela na academia. Foi emocionante estar ao lado dele, mesmo tendo reagido naturalmente.
Depois de passar mais de uma década na Europa e morando há dois anos em Dubai, Lagartixa afirma que nunca mais reencontrou “El Pibe” e brinca, especulando que uma brincadeira que ele fez envolvendo o nome de Pelé teria levado o argentino a desaparecer.
– Ele estava passando pela academia e queria ver o que estava acontecendo. A moça da recepção o levou até mim, eu estava dando aula. Ele se mostrou interessado, perguntou o que era, fez algumas pergunta sobre o jiu-jítsu. Eu até brinquei: “Imagina se fosse você contra o Pelé no tatame? (risos)”. Ele apenas sorriu. Depois ele apertou a minha mão e me deu a oportunidade de tirar uma foto ao lado dele. Em seguida, foi embora, nunca mais apareceu. Não sei se levou a brincadeira a sério, se ficou com medo de o Pelé aparecer e ele precisar entrar na porrada (risos).