Dado segue tendência nacional, que apontou que 74% dos esportistas brasileiros não tiveram apoio financeiro na infância
- Apenas 2,1% dos atletas do Sul se tornaram profissionais na modalidade em que praticavam e seguem na profissão; 9,9% atingiram o nível profissional, mas não seguiram na profissão;
- 36% sonhavam em se tornar atletas profissionais;
- Necessidade de focar nos estudos (45,8%), necessidade de trabalhar (37,5%) e falta de dinheiro (29,2%) são os principais motivos citados para não seguir na carreira
- Tempo para se dedicar de forma exclusiva aos treinos (59,1%) e bolsa para atletas (44,3%) são soluções mais apontadas
Julho de 2024 – Em um país que carrega medalhas, troféus e pódios, crianças e jovens com potencial esportivo são obrigados a interromper o sonho de seguir os passos de seus ídolos. A realidade das suas famílias muitas vezes faz com que a corrida desses talentos se encerre antes da linha de chegada, como mostra pesquisa inédita produzida pela Serasa. Entre as barreiras enfrentadas, a falta de incentivos financeiros foi realidade para 74% dos brasileiros que praticaram esportes na infância. O recorte regional seguiu a mesma tendência, com 73% sem incentivos financeiros na região Sul.
A pesquisa “Esportes para todos? O impacto do dinheiro na formação de atletas no Brasil”, realizada pela Serasa em parceria com o instituto de pesquisa Opinion Box, mostrou que 36% dos brasileiros da região Sul tinham o sonho de ser um atleta profissional, porém, apenas 12% deles chegaram a concretizá-lo.
“Ao analisar o perfil de quem desejava seguir com o esporte, é possível enxergar as dificuldades enfrentadas relacionadas a desigualdade de gênero”, aponta Patrícia Camillo, gerente da Serasa. “Com menos incentivo às mulheres nesse segmento, o percentual acaba sendo menor. Felizmente, nos últimos anos, temos visto ainda mais exemplos entre atletas femininas que podem inspirar novas esportistas”.
Em todo o Brasil, dentre as camadas sociais, 46% das classes D e E almejaram a carreira esportiva profissional – maior percentual em relação às classes AB e C. “O esporte, muitas vezes, é associado a um sonho e a transformação da vida financeira entre pessoas em situação mais vulnerável financeiramente. Pode ser uma fonte de garantir novas oportunidades não só para quem pratica, mas para toda a sua família”, explica Patrícia.
Os principais obstáculos
No Sul, os atletas profissionais que não seguiram na profissão viram no foco nos estudos o principal desafio para o deslanche na carreira (48,95%), seguido por questões financeiras, como ter que trabalhar (37,5%) e falta de dinheiro (29,2%).
O peso no bolso do atleta e a superação
Em nível nacional, os gastos com roupas, materiais esportivos, transporte/deslocamento e mensalidade são a realidade de 68% dos atletas. Para 4 em cada 5, os gastos consumiam até 10% da renda familiar mensal, que também deveriam suprir as demandas de outras contas essenciais do dia a dia.
Para 84% dos entrevistados, a superação de inúmeras dificuldades é um fator inerente à realidade dos atletas brasileiros para alcançar a carreira profissional. Como uma das alternativas para mudar o cenário, 69% entendem que ter acesso a crédito é essencial para os atletas conseguirem apoio financeiro para a prática do esporte.
Metodologia
A Serasa e o instituto de pesquisa Opinion Box coletaram respostas de consumidores em todo o Brasil, por meio de 2.016 entrevistas quantitativas online no painel do Opinion Box, em julho de 2024.
Sobre a Serasa
Com o propósito de revolucionar o acesso ao crédito no Brasil, a Serasa oferece um ecossistema completo voltado para a melhoria da saúde financeira da população por meio de produtos e serviços digitais.
Mais informações em www.serasa.com.br e pelas redes sociais no @serasa.
Foto: Kindel Media/Pexels