Os custos de produção da cadeia produtiva de pinus foram levantados em Lages e Santa Cecília, na serra catarinense, durante dois painéis do Projeto Campo Futuro na área de Silvicultura, realizados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Os eventos contaram com a parceria do Sistema Faesc/Senar (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e Sindicatos Rurais de Lages e de Santa Cecília.
Participaram produtores rurais, representantes do Sistema Faesc/Senar-SC, dos Sindicatos Rurais e técnicos da CNA e da região. Em Santa Cecília, o painel ocorreu terça-feira (06) e contou com a participação do presidente Sistema Faesc/Senar-SC, José Zeferino Pedrozo, do presidente do Sindicato Rural do município, Thiago Balem, do presidente da Associação Catarinense de Empresas Florestais, Mauro Murara, entre outras lideranças.
Pedrozo ressaltou que uma das principais dificuldades enfrentadas pelo produtor é a falta de informações gerenciais em sua propriedade. “Hoje, ele tem acesso a dados técnicos e financeiros nacionais e internacionais, porém possui poucos registros de sua própria atividade. O Campo Futuro veio para suprir essa necessidade, gerando dados seguros das culturas analisadas, o que possibilita termos subsídios para trabalhar políticas públicas que beneficiem a agropecuária e a Silvicultura. Além disso, com informações confiáveis em mãos, o produtor consegue ter mais controle sobre as despesas e investimentos e, consequentemente, obtém mais rentabilidade em seus negócios”.
Em Lages, o painel ocorreu no dia 31 de maio e a abertura do evento foi conduzida pelo assessor jurídico da Faesc, Clemerson Pedrozo, e pelo presidente do Sindicato Rural Márcio Cícero Neves Pamplona, que também destacaram a importância da iniciativa para obter dados confiáveis que embasarão tomadas de decisões para fortalecer a cadeia produtiva da madeira.
SANTA CECÍLIA
A assessora técnica da CNA, Eduarda Lee Ferreira Lima, destaca que na propriedade modal de Santa Cecília, que conta com 50 hectares de produção e índice de matéria acumulada (IMA) de 30 m3/ha/ano, normalmente são feitos três desbastes após a implantação da cultura, aos 8º, 12º e 18º anos, sendo que o corte raso é realizado no 22º ano. Parte da madeira é destinada à serraria e outra parte ao processamento. As operações nesse sistema produtivo são terceirizadas e os itens que mais oneram o produtor nesse sistema produtivo são maquinário, mão de obra e custos administrativos.
LAGES
De acordo com o levantamento, na propriedade modal de pinus de Lages, que possui 50 hectares de produção e Índice de matéria Acumulada (IMA) de 31 metros cúbicos por hectare ao ano, normalmente são feitos dois desbastes após a implantação da cultura, aos 7º e 15º anos, sendo que a colheita final é realizada no 22º ano. Parte da madeira é destinada à serraria e outra parte ao processo e energia. Os itens que mais oneram o produtor nesse sistema produtivo são maquinário e mão de obra, que é terceirizada.
CAMPO FUTURO
Neste ano estão previstos 141 painéis que reunirão informações sobre a realidade produtiva nas cinco regiões do Brasil. Os levantamentos dos custos em 2023 envolverão 128 municípios em 24 estados brasileiros.
Os encontros ocorrem tanto no formato presencial quanto no virtual e são divididos da seguinte forma: cereais, fibras e oleaginosas (36); pecuária de corte (17); pecuária de leite (15); cana-de-açúcar (15); avicultura (7), suinocultura (5), cafeicultura (15); fruticultura (10); aquicultura (6); horticultura (7) e silvicultura (8).
Realizado desde 2007, o projeto conta com a parceria de universidades, centros de pesquisa, Federações de Agricultura e Pecuária, Sindicatos Rurais e produtores. “Conhecendo a realidade produtiva de cada região pesquisada, podemos identificar os coeficientes técnicos, econômicos e de gestão das atividades agropecuárias representativas na produção nacional e gerar informações para análises de mercado, prospecção de capacitações e estudos de políticas voltadas para aumento da eficiência e da competitividade do setor agropecuário”, explica o assessor técnico do Núcleo de Inteligência de Mercado da CNA, Thiago Rodrigues.
CONFIRA OS PRÓXIMOS PAINÉIS DE SANTA CATARINA:
Painel Campo Futuro – Soja, Milho e Trigo – Xanxerê
Data e horário: 26/06/2023 (segunda-feira), das 13h30 às 17h30
Sindicato Rural de Xanxerê
Painel Campo Futuro – Soja, Milho e Trigo – Campos Novos
Data e horário:27/06/2023 (terça-feira), das 13h30 às 17h30
Sindicato Rural de Campos Novos
Painel Campo Futuro – Arroz – Tubarão/Araranguá-SC
Data e horário: 28/06/2023 (quarta-feira), das 13h30 às 17h30
Sindicato Rural de Araranguá