Em meio à volatilidade econômica, conhecer alternativas mais conservadoras pode ajudar a garantir estabilidade financeira, sem abrir mão da rentabilidade
No cenário econômico atual, investir com segurança é uma preocupação comum, especialmente para quem deseja proteger seu patrimônio e garantir rentabilidade sem correr grandes riscos. Embora todos os investimentos apresentem algum nível de risco, existem opções que são amplamente conhecidas por serem mais conservadoras, oferecendo maior estabilidade e previsibilidade.
Poupança: o investimento mais tradicional
A caderneta de poupança é, sem dúvida, o investimento mais conhecido e utilizado pelos brasileiros. Sua popularidade se deve à facilidade de uso e ao fato de ser isenta de Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas. Além disso, não exige grandes quantias iniciais, e o valor investido pode ser resgatado a qualquer momento, o que proporciona liquidez imediata.
Porém a poupança tem uma das menores rentabilidades do mercado, especialmente em períodos de queda da taxa Selic. Com a Selic abaixo de 8,5% ao ano, a poupança rende 70% desse valor, mais a Taxa Referencial (TR), o que faz com que, muitas vezes, a rentabilidade fique abaixo da inflação, corroendo o poder de compra.
Ainda assim, por ser garantida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), até o limite de R$ 250 mil por CPF e instituição, a poupança é considerada extremamente segura.
CDBs: Certificados de Depósito Bancário
Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são títulos emitidos por bancos para captar recursos e financiar suas atividades. São garantidos pelo FGC, o que assegura o investidor em até R$ 250 mil por CPF e por instituição, caso o banco venha a ter problemas financeiros.
CDBs podem ser pós-fixados, atrelados ao CDI (Certificado de Depósito Interbancário), ou prefixados, com uma taxa de juros fixa determinada no momento da aplicação. De forma geral, eles apresentam maior rentabilidade que a poupança, além de contar com prazos de vencimento variados, permitindo ao investidor planejar melhor seu resgate.
Fundos de Investimento Conservadores
Os fundos de investimento conservadores são compostos, em sua maioria, por ativos de baixo risco, como títulos públicos, CDBs e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) ou do Agronegócio (LCAs). Eles são geridos por profissionais e podem ser uma excelente alternativa para quem não quer se preocupar com a escolha individual de ativos.
Os fundos conservadores oferecem diversificação automática, já que o gestor do fundo investe em uma variedade de ativos, diminuindo a exposição ao risco. Contudo, é importante observar as taxas de administração cobradas, que podem impactar a rentabilidade final.
Títulos públicos: segurança com rentabilidade atrativa
Os títulos públicos são outra opção segura e bastante acessível para investidores que buscam baixo risco. Esses títulos são emitidos pelo governo federal para financiar suas atividades e são garantidos pelo Tesouro Nacional, o que confere a eles um nível de segurança elevado.
O principal destaque entre os títulos públicos é o Tesouro Direto, que oferece três tipos de títulos: Tesouro Selic, Tesouro Prefixado e Tesouro IPCA+. O Tesouro Selic, por exemplo, é bastante procurado por ser um investimento de baixíssimo risco e com liquidez diária.
Ele acompanha a variação da taxa Selic, o que o torna mais rentável que a poupança em momentos de alta dessa taxa. Já o Tesouro IPCA+ é ideal para quem deseja proteger o poder de compra, pois sua rentabilidade é atrelada à inflação.
Dicas para investir com segurança
Antes de escolher qualquer tipo de investimento, é fundamental considerar o perfil do investidor e seus objetivos financeiros. Quem busca segurança deve optar por ativos garantidos por instituições confiáveis, como o FGC, ou que ofereçam proteção contra a inflação, como o Tesouro IPCA+.
Além disso, a diversificação é uma estratégia importante, pois distribuir o capital entre diferentes tipos de investimento pode diminuir a exposição a riscos específicos.
Para quem está começando no mundo dos investimentos, buscar ajuda de uma corretora de investimentos pode ser uma boa opção. Corretoras oferecem assessoria e uma ampla gama de produtos, ajudando a identificar as melhores oportunidades de acordo com o perfil de risco e os objetivos do investidor. Além disso, muitas corretoras oferecem plataformas de fácil uso, o que facilita o acompanhamento dos investimentos.
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