A oração é questão de amor
Chegar a uma teologia ou compreensão básica da oração deveria ser uma das principais prioridades de todo crente. Um estudo dos exemplos bíblicos de oração eficaz, […] também reveste-se de vital importância. Mas enquanto o crente não se engaja verdadeiramente na oração, de maneira prática e significativa, a teologia e o estudo são de valor limitado. A oração não é respondida por que um crente sabe como ela funciona, mas porque conhece pessoalmente aqueEle a quem as orações são dirigidas.
Antes de qualquer coisa, a oração é questão de amor. Não se trata de encontrar os métodos, as técnicas ou os procedimentos certos para persuadir a Deus a fazer aquilo que desejamos. A mais elevada forma de oração é a relação de amor entre dois corações (o do crente e o de Deus), que batem como se fosse um. Andar com Deus na mais doce comunhão da oração é uma relação contínua. É certo que Deus ouve o clamor cheio de pânico, pedindo ajuda e livramento do desastre ou da calamidade. Mas livrar o crente da tribulação, a fim de que ele possa voltar à sua rotina apática, não é propósito de Deus ao responder às orações. As aflições podem ser a maneira dEle dizer: “Venha a mim. Eu amo você, e desejo ter um recíproco e contínuo relacionamento de amor com você”.
Desenvolvendo o relacionamento de amor
Mas como é que alguém desenvolve esse amor que forma o alicerce de uma vida de oração eficaz? A pergunta mostra-se especialmente pertinente em se tratando do bem-estar material e das questões relacionadas aos dias de hoje. Os cuidados e os confortos da vida atraem o afeto humano a tudo, menos a Deus. E nem deve esse relacionamento de amor, que almeja a comunhão divina como o próprio Deus, vir apenas para fazer pedidos. Antes, deve ser nutrido e cultivado até chegar à maturidade. Começa com a prática regular das várias disciplinas da oração e cresce, com fiel persistência, até chegar a um belo relacionamento de amor com o Pai celeste. As orações são respondidas quando são enviadas ao céu por meio da linha do amor. É inteiramente inconcebível que um crente comum possa ser identificado com um crente cheio do Espírito, pentecostal ou carismático, sem ter um estilo de vida no qual a oração eficaz desempenhe um papel importante.
[…] Seria tolice edificar os fundamentos de uma obra sem erigir uma construção em cima. Portanto, a busca da teologia e de exemplos bíblicos de orações respondidas são inúteis, a menos que uma prática diária de comunhão em oração seja edificada sobre esse alicerce.
[…] O crente sério deve sempre estar consciente da proximidade de um Deus pessoal, que deseja comunicar-se com seus filhos. E quando a mente e o coração estão livres dos cuidados deste mundo, que ocupam grande parte das horas em que estamos acordados, naturalmente nos voltamos àquEle com quem a comunhão é agradabilíssima.
Reflexão: “Não há nenhum mandamento neotestamentário que requeira um número diário de orações ou um horário preestabelecido para essas orações. Cada crente, por sua própria iniciativa, deveria determinar e traçar um hábito pessoal de oração, pois sem isso é quase impossível que seja desenvolvida uma vida de oração eficaz”.