O pastor Caio Fábio, que utiliza seu programa “Papo de Graça” transmitido pela internet, para analisar algumas questões relativas a igreja no país, teve com tema de seu programa desta quarta-feira, dia 4, uma pergunta enviada por uma pessoa que acompanhou a transmissão.
O tema em questão era: “Você já parou pra pensar sobre a razão pela qual apenas determinadas anomalias te provocam um ódio especial?”. Mais uma vez, o pastor abordou a questão da homossexualidade. Sua posição, já explicitada em outras ocasiões, é que “existem diferentes tipos de homossexual: de nascença (genético), de trauma (feito) e depravado-ideológico (escolha luxuriosa proselitista)”.
O ponto de partida foi uma matéria sobre homofobia de quase 10 minutos, exibida pelo Fantástico no último domingo. Embora já tenha falado sobre o assunto em outros programas, retomou a questão. Sempre ressaltando que os gays devem ser respeitados como pessoas, explicando que a questão de Romanos 1 é meramente sobre a “escolha do pecado” e que isso nem sempre é entendido pelos evangélicos.
Em um texto postado em seu site recentemente, o pastor Caio afirmou que não é um “liberal” por dizer que nem todo gay vai para o inferno. Usando o texto de I Tessalonicenses 4, pontua que “Sendo a pessoa um ser gay, mesmo que este não seja o ideal de Deus para ninguém, ainda assim, diz Jesus, “há aqueles que nascem eunucos”; ou seja: com alguma diferenciação anômala em relação ao natural. Assim, Jesus disse que há os nascem assim, há os que são tornados assim pela intervenção abusiva de outros, e há os não são assim, mas se fazem assim […], pois escolhem o modo de expressão sexual deliberadamente “contrário à natureza”, por escolha, capricho e culto hedônico…. há o caso dos que não conseguem deixar de se sentirem homoafetivos, posto que o sejam”. Essas pessoas, não devem se promiscuir; mas “antes buscar na sua relatividade o melhor valor, a melhor ética, o melhor estado possível para ser; o que implica em ter uma relação exclusiva, e nunca promíscua”, disse o pastor.
Em resumo, Caio Fábio acredita que ser gay é uma anomalia com a qual algumas pessoas nascem, mas a condenação está na promiscuidade.
No programa dessa quarta, o enfoque foi a “ira” ou “indignação” dos evangélicos em relação aos casais homossexuais. A reflexão de Caio se pautou sobre o “ódio especial” contra o “excesso” das relações homoafetivas. No final, pediu que os evangélicos se questionassem qual a sua motivação para agredir ou até mesmo matar os gays. Ressaltou ainda que Jesus deveria ser o modelo para os gays e que os evangélicos não poderiam sentir mal apenas por essa anomalia, uma vez que o mundo está cheio delas.