A Universidade Regional de Blumenau (Furb) cancelou a abertura de novas turmas de pelo menos 15 cursos para o segundo semestre de 2016. A informação foi confirmada pela própria Furb e, segundo a pró-Reitoria de Ensino de Graduação, Ensino Médio e Profissionalizante, o motivo foi o baixo número de matrículas.
De acordo com o pró-reitor, professor Mauro Scharf, o cancelamento foi uma decisão tomada em nível de colegiado. O fim do período de inscrições foi no dia 1° de julho e, no dia 11 deste mês, com todos os dados em mãos, o cancelamento destes cursos foi cogitado e aprovado.
“Após termos a relação de alunos matriculados em cada curso, avaliamos que havia cursos que, mesmo com todos os candidatos sendo chamados, não atingiam o número de vagas oferecidas na turma.”
Entre os cursos citados como exemplo pelo pró-reitor está o de Jornalismo. Ele explica que, mesmo com todas as chamadas sendo feitas, houve apenas duas matrículas para uma nova turma:
“Não podemos abrir uma turma nova com dois alunos, até porque ainda há o percentual de desistência.”
A mesma situação, segundo Scharf, se repetiu em todos os 15 cursos que tiveram as turmas canceladas. Para Farmácia, por exemplo, houve somente uma matrícula. Já para Química, nenhuma pessoa se matriculou.
“Não foi uma decisão aleatória. Em todos os cursos que foram cancelados não havia mais alunos para serem chamados. Acabou sendo uma consequência e infelizmente tivemos que tomar essa decisão”, complementou o pró-reitor.
Questionado sobre a possibilidade de haver novos cursos cancelados, Mauro confirmou, mas disse que a decisão dependerá do fim do período das matrículas, no dia 12 de agosto:
“Pode haver outros cancelamentos, sim, mas precisamos terminar todas as chamadas. Há cursos que hoje têm 11 alunos matriculados, entretanto, uma lista de espera de mais de 40. Vamos chamar todos alunos aprovados. Antes de fazermos cortes, vamos avaliar todas as situações.”
Scharf finalizou dizendo que “a diminuição do número de inscritos é uma consequência da situação econômica em nível estadual e nacional”, e que “a maioria das instituições da região e até do Brasil passam por isso”.
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