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Billy Graham: “Banir as orações das escolas não pode tirar Deus dos nossos corações”

Em resposta às preocupações de uma leitora sobre seus netos que podem nunca saber o que é gostar de começar o dia na escola com uma oração, o reverendo Billy Graham disse que ele não tem mais esperanças que a oração volte às escolas públicas dos Estados Unidos, mas que também há outras maneiras com as quais os alunos podem falar com Deus durante o dia todo.

“Você acha que nunca vamos voltar aos dias em que eles permitiam a oração nas escolas públicas?”, a avó perguntou ao evangelista, enfatizando que ela acha muito preocupante, a ausência da oração e outras práticas religiosas dentro das escolas.

“Quando eu era jovem, tive a oportunidade de orar e ler a Bíblia na escola todos os dias, mas os meus netos não podem mais ter essa experiência e isso me incomoda muito”, continuou a leitora.

Graham respondeu que o debate sobre a permissão ou não das orações nas escolas “é uma questão política e jurídica complexa”, mas sugeriu alguns pontos que devem ser considerados sobre isso.

“Primeiro, ninguém pode banir Deus de nossos corações. Se realmente conhecemos a Cristo, sabemos que podemos buscá-lo em oração silenciosa, não importa onde estamos”, escreveu Graham.

“Em segundo lugar, nunca se esqueça da importância de que nossas famílias têm em ajudar nossas crianças a acreditar em Deus e confiar nEle. Nenhuma escola ou outra instituição pode tomar o lugar de uma família, na qual Deus é honrado e servido”, acrescentou.

Graham acrescentou que, embora ele duvide que a oração e a leitura da Bíblia possam voltar a ganhar um ‘espaço oficial’ nas escolas públicas dos EUA, as pessoas ainda “precisam se lembrar de orar pelo seu país”.

“A questão que você menciona aqui é apenas um sinal do quanto nossa nação tem se desvia de Deus. Ore por nossa nação e por seus líderes a cada dia. A Bíblia diz: ‘Feliz a nação cujo Deus é o Senhor’ (Salmo 33:12)”, concluiu Graham.

Em 1962, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos decidiu sobre o caso ‘Engel X Vitale’ que as escolas públicas não poderiam sancionar oficialmente orações, mesmo que a prece fosse de natureza voluntária.

“A maioria observou que a religião é muito importante para a grande maioria do povo americano. Desde que os americanos possam aderir a uma ampla variedade de opiniões, não é apropriado que o governo a aprove qualquer sistema de crença particular”, informou o Tribunal na época.

Embora apontada por muitos como uma decisão impopular, o veredito do caso ‘Engel X Vitale’ tinha alguns apoiadores notáveis, incluindo os ícones dos direitos civis, Dr. Martin Luther King Jr.

Em uma entrevista publicada em 1965, King Jr. explicou que, com relação à decisão controversa ele a apoia.

“Em uma sociedade pluralista como a nossa, quem deve determinar o que é a oração por quem deve ser feita? Legalmente, constitucionalmente ou de outra forma, o Estado certamente não tem esse direito”, disse King Jr.

“Eu me oponho fortemente aos esforços que foram feitos para anular a decisão. Eles foram motivados, penso eu, por pouco mais do que o desejo de constranger o Supremo Tribunal”.

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