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Empresário de Demian, Eduardo Alonso projeta cenário dos meio-médios e sugere ideias à associação de lutadores

Demian Maia tem um desafio importante no próximo dia 27. Diante do ex-campeão interino Carlos Condit, ele faz a luta principal do UFC on Fox 21, em Vancouver, Canadá, e uma vitória convincente pode lhe render a chance de disputar o cinturão dos meio-médios. Pelo menos essa é a esperança dele e de seus manager, Eduardo Alonso, que em uma longa entrevista ao PVT abordou os principais assuntos envolvendo seu lutador e o MMA em geral, incluindo a situação da categoria.

“O Demian, vencendo o Condit, com certeza merece a disputa de cinturão. Acho que o Wonderboy merece muito a disputa, inclusive, até antes do Demian. O Woodley ganhou o cinturão por méritos, mas independentemente de ele ter vencido, ele não era merecedor dessa disputa mais do que o Wonderboy. Ele vinha de duas vitórias e não é um cara que vende tanto, então fica difícil você entender. Mas ele foi lá, ganhou, mérito dele e que ele defenda o cinturão contra o Wonderboy o quanto antes, e o Demian, ganhando do Condit, é mais do que merecido disputar o cinturão. Mas a gente não pode contar com nada vindo do UFC no momento, porque a gente está vendo exemplos, e o que a gente pode fazer é focar no Condit, até porque, se não ganhar do Condit, não adianta nada”, explica o empresário.

Eduardo Alonso também analisou a criação a Associação Profissional de Lutadores, que aconteceu no início desta semana, nos EUA. Embora confesse que ainda não buscou conhecer os detalhes propostos pela entidade, o manager mostrou-se esperançoso e fez até algumas sugestões.

“Na minha opinião, se eu pudesse escolher a primeira mudança, eu sugeriria que o evento tivesse que cumprir com todas as lutas que ele acorda com o atleta no contrato independente de qualquer circunstância esportiva, claro, tirando envolvimento com algum crime ou doping, enfim, em circunstâncias esportivas, vitórias e derrotas, que o evento tivesse que cumprir com todas as lutas que ele acordou com o atleta da mesma maneira que o atleta tem que cumprir. Isso já seria uma grande mudança e mudaria todo o cenário, porque o evento teria que ser muito mais criterioso no tipo de contrato, ele selecionariam os atletas com mais calma, atletas que eles não apostam tanto, eles acabariam forçado a assinar contrato de curto prazo, e esse contrato de curto prazo o atleta poderia ter mais margem de negociação, pois ele estaria livre e poderia se valorizar mais rapidamente e o atleta teria um planejamento por saber que, se ele assinou ‘x’ lutas, ele pelo menos pode contar com aquelas ‘x’ lutas para ele sentar com o patrocinador e mostrar um plano de trabalho, fazer uma projeção mínima de rendimento, ainda mais agora com a dificuldade de patrocínios, na qual ele pudesse estruturar uma equipe, pagar treinadores, fazer parcerias, permutas. Acho isso o principal. Infelizmente faz parte da cultura do nosso meio, e a gente acaba tendo que lidar com essa realidade, mas não acho justo”, disse.

 

 

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