Os combatentes de etnia Fulani, tribo muçulmana conhecida por sua hostlidade com outras religiões, continuam massacrando os cristãos por meio de ataques brutais no Quênia.
Recentemente o grupo invadiu a aldeia Ungwar Mada, que é uma comunidade cristã, e matou um casal que era membro de uma igreja evangélica.
Alguns dias mais tarde, de acordo com o site Persecution, o grupo extremista também atacou a vila Ningon, uma outra aldeia cristã. Lá eles mataram dois homens e feriram uma jovem. No dia 19 de agosto, um Fulani executou um pastor enquanto ele estava voltando de um trabalho evangelístico.
Luka Ubangari, líder da Igreja Cristã Redenção de Deus, na vila Angwan Anjo, que fica perto da área do governo local, foi morto a tiros enquanto retornava de um trabalho evangelístico na vila Golkofa. “O pastor foi emboscado e assassinado quando voltava para a sua aldeia”, disse um dos membros da igreja.
O Quênia continua sendo uma zona de extremo perigo em relação a perseguição aos cristãos, na África. O povo cristão é constantemente atacado por grupos extremistas como o Fulanis e Al-Shabaab, por exemplo.
Os cristãos estão lamentando a falta de política de proteção, até mesmo para os pecuaristas no norte da Nigéria. Também no dia 19, os Fulani mataram um pastor e quatro outros cristãos no estado de Kaduna.
Situação delicada
No Quênia, a perseguição por meio do extremismo islâmico é caracterizada por elementos da limpeza étnica, que é muito complexa e afeta fortemente a política cotidiana. Apesar de ter uma população 82% cristã, a minoria muçulmana se tornou politicamente poderosa em muitos setores do país. Além disso, o Conselho Republicano de Mombasa se tornou mais violento e está ligado a grupos terroristas, como a Al-Shabaab.
Este é o efeito cumulativo desta complexa situação que levou a nação a subir três posições na Classificação da Perseguição Religiosa 2016, sendo considerado o 16º país que mais persegue cristãos no mundo.