Com o Rèveillon batendo à porta, Balneário Camboriú ainda tem leitos vagos nos hoteis _ algo que não ocorreu nos últimos anos. Diante da queda na procura, que é sentida desde o início do mês, muitos hoteleiros reduziram os pacotes de virada de ano, que eram a partir de sete diárias, para apenas três.
A alternativa deu certo e quem apostou na estratégia conseguiu atrair mais hóspedes. Parte dos hoteis alcançou a esperada lotação de 100% com a mudança, sem mexer no valor das tarifas.
Ainda assim, a baixa no feriado mais concorrido do ano acendeu o sinal de alerta. Margot Libório, hoteleira e vice-presidente do Balneário Camboriú Convention & Visitors Bureau, diz que o turista que deixou de vir foi justamente o recém-conquistado, que começava a investir em viagens até a retração econômica.
A baixa do dólar também não ajudou: esperava-se que o dólar alto incentivasse o turismo interno, mas as mudanças cambiais favoreceram quem já tinha planos de viajar para o exterior.
A percepção do empresariado é que será necessário rever estratégias de captação para reter mercado. Por enquanto, a expectativa é pela chegada dos argentinos, a partir de 5 de janeiro. Tradicionalmente, o turista argentino permanece por mais tempo na cidade. No entanto, os hoteleiros temem possíveis cancelamentos.
O que fará a diferença será a infraestrutura. Agora, ainda mais do que nos últimos anos, o trade turístico dependerá do bom funcionamento do básico _ água, luz, saneamento _ para não perder o turista que está garantido.