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Camboriú sedia evento com Ministério das Cidades para explicar nova lei fundiária

Camboriú sedia evento com Ministério das Cidades para explicar nova lei fundiária

Mais da metade dos imóveis urbanos no Brasil possuem alguma irregularidade fundiária, de acordo com o Ministério das Cidades. Isso significa que aproximadamente 100 milhões de brasileiros moram em imóveis irregulares. Em Camboriú, essa realidade não é diferente: segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa Estatística (IBGE), a população da cidade praticamente dobrou nos últimos 16 anos. “Camboriú tem hoje um grave problema fundiário em decorrência do crescimento acelerado com ocupação irregular”, revela o prefeito Elcio Kuhnen.

Para ajudar os municípios a resolver essas questões e proporcionar regularidade – inclusive na documentação e no acesso a serviços públicos e infraestrutura –, um novo marco legal para a regularização de imóveis urbanos e rurais foi estabelecido no Brasil por meio da Lei 13.465, de 2017. O diretor do Departamento de Assuntos Fundiários Urbanos do Ministério das Cidades, Silvio Figueiredo, esteve em Camboriú na manhã desta sexta-feira, dia 4, acompanhado do diretor de Destinação Patrimonial da Secretaria de Patrimônio da União, André Nunes, para explicar o que muda.

Representantes dos municípios que compõem a Associação dos Municípios da Foz do Rio Itajaí-Açu (Amfri) estiveram presentes para aproveitar a capacitação. Elcio Kuhnen convidou pessoalmente Silvio Figueiredo durante sua última visita a Brasília para prestar os esclarecimentos na cidade. “Com o novo marco legal, diversas questões de regularização que eram resolvidas apenas na justiça, como num processo de usucapião, podem agora ser regularizadas administrativamente. Trata-se de uma lei importante, mas muito complexa. Por isso buscamos o entendimento”, explica Elcio.

O prefeito também destaca que imóveis devidamente regularizados representam mais arrecadação para o município aumentar a oferta de serviços à população, como educação, saúde, infraestrutura urbana (estradas, passeios, ciclovias, pavimentação). A presidente da Fundação Camboriuense de Gestão e Desenvolvimento Sustentável (Fucam), Liara Rotta Padilha, esclarece também que apesar de a nova lei facilitar a regularização, o diagnóstico socioambiental ainda é necessário e continua sendo exigido.

O evento foi organizado pela equipe da Secretaria de Administração e contou com o apoio da Associação Comercial de Balneário Camboriú e Camboriú (Acibalc) e do Instituto Federal Catarinense (IFC) campus Camboriú, que disponibilizou o auditório para receber comunidade e visitantes.

 

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