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Consumidores enfrentam filas e dizem que Havan não está vendendo só chocolates.

Consumidores enfrentam filas e dizem que Havan não está vendendo só chocolates.

Leitores estão entrando em em contato com o DIARINHO e denunciando que a rede de lojas Havan não tem vendido só chocolates, como foi inicialmente anunciado. Na sexta-feira à noite, a loja enviou um nota à imprensa informando a abertura das unidades para vender doces, já que a Páscoa está próxima e venda de alimentos é considerado serviço essencial.

O artigo 9 do decreto estadual 525/2020 chega a permitir a “produção, distribuição, comercialização e entrega, realizadas presencialmente ou por meio eletrônico, de produtos de saúde, higiene, alimentos e bebidas”, mas nada fala em abrir o comércio para entrada do público, uma vez que a ação gera aglomerações. As lojas da rede tem registrado filas desde o início da manhã.
Além disso, consumidores denunciaram os preços altíssimos dos produtos. Segundo a nota oficial da rede, os chocolates seriam vendidos a preços de custo. “Eles anunciaram que iam vender num preço em conta, mas não tá. Onde já se viu uma caixa de Bis por cinco reais? O pessoal tá revoltado na loja”, menciona uma das denunciantes. Outra cliente contou que foi à loja para comprar roupa de cama e fez sua compra sem ser incomodada.
Outra leitora também reclama que a loja havia anunciado a abertura para as 8h, sendo que só abriu às 10h, e deixou os clientes duas horas na fila sob o sol e calor.
PM vai seguir o decreto
Questionada, a assessoria da polícia Militar de Balneário Camboriú informou que “conforme determina a legislação, se acionarem a polícia Militar, será gerada a ocorrência e a polícia Militar irá ao local verificar a situação”.
O decreto do governo de Estado prevê a suspensão dos serviços de estabelecimentos comerciais. Mas há relatos de que outras pessoas fizeram denúncias à PM sobre a atuação da Havan e ela afirmou que a loja está liberada para funcionar porque é do ramo alimentício.

Governo não responde

Desde a noite de sexta-feira, o governo do estado de Santa Catarina se nega a se posicionar oficialmente sobre a permissão ou não da rede de lojas Havan funcionar.
O governador concedeu entrevista à imprensa, às 18 horas de sexta-feira, informando que avaliaria junto aos órgãos competentes quais seguimentos poderiam voltar a funcionar, com restrições, a partir da semana que vem. Mas não citou uma suposta autorização a lojas de ruas que vendam chocolates a funcionar a partir de sábado.
Horas depois, contudo, a rede Havan emitiu comunicado à imprensa anunciando que voltaria a funcionar hoje. Instado a se manifestar, o governo do estado primeiro anunciou que não havia permissão para a loja abrir. Depois, pediu à reportagem mais um tempo para checagem e desde então não se manifestou mais sobre o assunto.

diarinho.

 

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