Senador alegou que não é admissível perder vidas para a burocracia
O senador Dário Berger (MDB-SC) solicitou ao presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, a liberação emergencial das licenças necessárias para a fabricação e comercialização de respiradores desenvolvidos por engenheiros catarinenses, em parceria com a empresa Autom e a Cruz Vermelha, do município de Santa Cecília.
O senador Dário Berger (MDB-SC) solicitou ao presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, a liberação emergencial das licenças necessárias para a fabricação e comercialização de respiradores desenvolvidos por engenheiros catarinenses, em parceria com a empresa Autom e a Cruz Vermelha, do município de Santa Cecília.
De acordo com o senador, os aparelhos projetados em Santa Catarina custam em média 95% menos do que os disponíveis hoje no mercado, e já ganharam a confiança de profissionais da saúde que garantem a sua eficácia.
“Considerando a extrema necessidade do país em dispor desses equipamentos hospitalares para atender os casos mais graves do Covid-19, a liberação da Anvisa pode representar uma alternativa de relevante importância e, além disso, garantir a manutenção de milhares de vidas”, destacou Dário Berger.
Com a solicitação formal apresentada pelo senador, a Anvisa deverá analisar se o projeto atende aos requisitos estabelecidos e já nos próximos dias emitir seu parecer.
“A burocracia do Estado brasileiro não pode ser um obstáculo das boas iniciativas que visam salvar vidas, sobretudo neste momento. Os engenheiros responsáveis, apesar da capacidade de produzir 50 equipamentos por dia, terão de parar os procedimentos já na próxima semana, caso não consigam comercializar o produto. Por isso, enfatizei a importância para que as licenças sejam analisadas dentro do prazo de até sete dias”, explicou Dário.
Nos últimos meses, há uma verdadeira corrida global para a compra de ventiladores mecânicos pulmonares e o mercado internacional está totalmente desregulado, gerando uma desigual competição entre quais países conseguem adquirir esses equipamentos.
No Brasil, há diversas iniciativas de instituições de educação, pesquisadores e empresas privadas dispostas a elaborar e fabricar em larga escala, equipamentos hospitalares como máscaras e respiradores com custo mais barato, porém com a mesma qualidade dos equipamentos importados. No entanto não podem ser utilizados por não terem as licenças necessárias da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.