Essa é uma pergunta curiosa que começa a ser bastante indagada pelo Brasil, causando bons rumores.
A grande verdade, é que o Techno nunca deixou de ser tendência ou tocado pelo mundo, com um público bastante fiel, nunca tivemos uma queda desta vertente fora do país, pelo contrário, festas sempre cheias e uma legião de seguidores.
Por aqui, tivemos tempos áureos do Techno entre 2002 até 2009, quando a cena era bastante forte e pilotada por nomes como: Anderson Noise, Mau Mau, Renato Cohen, DJ Murphy, PetDou entre muitos outros. Muitos desses ainda na ativa, tocando esporadicamente em festas e clubs pelo Brasil.
Tirando a evidência do nome de Gui Boratto, outro grande nome do Techno brazuka, passou a ser reconhecida mundialmente de 3 anos para cá, estamos falando da brasileira ANNA, paulistana que hoje reside em Barcelona com seu marido, o DJ & Produtor Wehbba, outro grande expoente do Techno brasileiro.
Pelo Brasil, não podemos esquecer de mencionar a grande parcela de contribuição de Victor Ruiz, Marcio S, Renato Ratier e alguns de seus seguidores, poderíamos escrever um livro citando vários nomes que já passearam por águas techneiras.
Mas em um país, no qual a grande maioria chama Brazilian Bass de underground e seus personagens, estaríamos prontos para uma dose mais apimentada alemã?
O fato é, a cena underground no Brasil, passa a milhas de distância de nomes como: Alok, Vintage Culture, Illusionize, Chemical Surf e toda essa “nova geração” formada de uns tempos para cá, que para nós nada tem de underground. Temos que deixar isso bem claro, antes de querermos nos apelidar de Techno Heads novamente.
Estaria o Brasil, disposto a abrigar o real som Underground e sem modismo, assim como seus personagens?
Esse ano, Ibiza está deixando claro que as noites: Music On, Solomun+1, Paradise, Circo Loco e a despedida de Carl Cox na Space Ibiza, são o hype do momento. Porém, essa semana os holofotes se acendem para as noites de David Guetta, Hardwell, Martin Garrix e todo o crew da dita cuja “EDM”, quase todas com tickets sold out. Vamos ver como a ilha reage ao popero esse ano.
Sabemos que Ibiza se tornou o lugar ideal para fanfarrões, modeletes e playboys do mundo todo. Todos loucos para estourarem o champanhe mais caro na sua cara e esbanjar seus camarotes com lindas mulheres e muita ostentação. Mas a quem ainda vá pela música e, é disso que estamos aqui falando por aqui.
Neste último final de semana, o festival Awakenings lotou seus palcos na Holanda, com apresentações avassaladoras de: Joris Voorn, Marco Carola, Stephan Bodzin, Adam Beyer, Dixon, Chris Liebing e muitos outros e, a cada dia os rumores aumentam sobre a possível vinda do festival para terra tupiniquim. Isso realmente seria muito bom caso houvesse realmente essa movimentação em prol do techno.
Achamos que o primeiro passo para uma nova era Techno no Brasil seja a fusão do antigo com o novo, o Techno é vanguardista e merece ter seus personagens preservados. Talvez dos mais experientes Djs a uma possível nova geração technera, afim de fazer acontecer.
Estamos de olho na movimentação vinda do Rio de Janeiro, através do núcleo KODE, o Grupo Privilège também assinalou positivamente, estamos SEMPRE de olho no templo Warung, (Digna-se se passagem a maior resistência underground no Brasil) Behive, Club Vibe e D-edge. E obviamente, estamos realmente curiosos para ver essa movimentação do Grupo GV apostando nas vertentes mais undergrounds nos seus clubs. O que seria algo bem inusitado, depois de anos apostando no som comercial.
E aí, o que vocês acham? Estamos prontos novamente para doses de Techno ou seria apenas um Hype?
phouse