Juntamente com o trabalho de prevenção ao câncer de mama, a Rede Feminina de Itajaí também atua, há 43 anos, na prevenção ao câncer do colo de útero (também conhecido como câncer cervical). Causado por tipos oncogênicos do HPV, esse tipo de câncer é o terceiro que mais mata mulheres no Brasil e as estimativas do Instituto Nacional do Câncer, Inca, para o ano de 2021 é o surgimento de mais de 16,5 mil novos casos.
A vacina contra o HPV, comprovadamente, previne cerca de 70% dos casos de câncer cervical, além de atuar na prevenção de infecções persistentes e lesões pré-cancerosas causadas por quatro tipos de Papilomavírus Humano – 6,11,16,18. Sua atuação estende-se à prevenção do câncer da vulva, da vagina, do ânus e de verrugas genitais (condiloma).
A prevenção primária do câncer do colo do útero está relacionada à diminuição do risco de contágio pelo HPV, o que é possível por meio da vacina tetravalente. “Nosso maior desafio em relação ao câncer de colo de útero é sensibilizar a população, por meio de informações sérias. Temos uma vacina com eficácia na prevenção de quatro tipos da doença e de outros cânceres anorretais, inclusive com oferta pelo SUS para algumas faixas etárias, mas o número de novos casos continua subindo”, observa Rodrigo Fuck Giostri, proprietário da Bravacinas.
No Brasil, a vacina contra o HPV está disponível nas redes pública e privada de imunização, desde 2014, e é licenciada para meninos e meninas a partir dos nove anos de idade, podendo ser administrada em mulheres de até 45 e homens de 26 anos. No Programa Nacional de Imunizações (PNI) o imunizante abrange as meninas de 9 a 14 anos de idade e os meninos, de 11 a 14 anos, além de alguns públicos específicos. A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) recomenda que o esquema de vacinação preventiva seja iniciado o mais cedo possível e são recomendadas duas ou três doses (de acordo com a idade da primeira dose).
Além do suporte financeiro, a parceria da Bravacinas com a Rede Feminina contempla, ainda, orientação. No último dia 30, Miriam Regina Fuck, fundadora e responsável técnica de Enfermagem da Bravacinas, deu início às atividades, com uma roda de conversa, realizada com as voluntárias da entidade. O encontro destacou a prevenção ao HPV. Transmitido por vias sexuais, a infecção genital pelo Papilomavírus Humano (HPV) é muito frequente e na maioria das vezes não causa doença. Quando descoberto precocemente por meio do exame preventivo e, então, tratado, ele tem grande êxito de cura. Eventos online também ocorrerão em parceria no decorrer do mês.
Rede de apoio
A Rede Feminina de Combate ao Câncer age na prevenção do câncer, principalmente do colo do útero e da mama. O trabalho teve origem com a irmã Dominicia, em 1978, quando ocupava o cargo de diretora do Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen. Juntamente com um grupo de voluntárias, iniciou o trabalho com o objetivo de fomentar a saúde da mulher.
O exame preventivo é realizado desde 1979 pela Rede RCC Itajaí e, a partir de 2006, com a doação de um laboratório de citopatologia, o serviço pode ser ampliado. Só este ano, mais de 1,8 mil coletas foram realizadas. No ano de 2020, mesmo com as restrições da pandemia, foram 1190 exames e os números do ano anterior somam 2590 coletas.
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