Maíra Garrido lança nesta sexta-feira (21) a faixa “Pode Amar” ao lado de Juliana Linhares, acompanhada de um visualizer disponível no canal do YouTube da cantora. Em meio a discursos de ódio, o Brasil é o país que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo, essa nova música vem como forma de clamor contra esses ataques, mostrando a importância de cada vez mais minorias ocuparem espaços e se fazerem visíveis.
Assista aqui: https://youtu.be/LFoiBMhIzDo
“Essa música é sobre variedade de afetos, é sobre se permitir sentir num mundo onde ser sentimental tem muitas vezes uma conotação negativa, é sobre estar alinhado de corpo, alma e mente com a nossa essência original pulsante do universo, que é o amor. Acredito piamente que o melhor caminho para que estejamos cada vez mais fortalecidos é o diálogo, a empatia e a nossa união como um povo que luta pelos mesmos direitos e ideais. Também sei que ainda vamos enfrentar muitas turbulências até que nossos direitos, enquanto pessoas LGBTs, sejam realmente estabelecidos e naturalizados, é por isso que representatividade é muito importante. Precisamos ver pessoas LGBTs, pretas, gordas, mulheres no topo! E, acho que o mais importante disso, o amor é a força motriz no mundo”, conta Maíra.
As cantoras se conheceram na faculdade onde nutrem desde então uma admiração mútua. “Maíra tem uma voz poderosa, é potente, criativa, fico feliz demais em somar com ela numa canção que fala de algo que eu também acredito. Como sapatão, é sempre importante pra mim fortalecer o coro da liberdade e do amor. Viva Maíra!”, afirma Juliana.
A canção “Pode Amar” foi composta por Maíra em 2017 e não só fará parte do próximo EP da artista que está previsto para ser lançado ainda esse ano, como também dá nome ao projeto.
Sobre a artista
A MPB tem em Maíra Garrido uma de suas mais engajadas artistas. Feminista, defensora dos direitos LGBTQIA+ e avessa a todo tipo de discriminação, coloca nas músicas que canta – e nas belas canções que compõe – todo o vigor de seu engajamento cultural e ideológico. Aos 29 anos, dedicada ao seu canto e aos seus alunos – ela é uma prestigiada preparadora vocal -, Maíra é autora de ” Cada Não Seu” e “Meu Próprio Deus”, lançadas nas plataformas digitais em 2019 com sucesso especialmente nos grupos simpatizantes das pautas que defende, entre elas a luta contra a gordofobia. Com vários singles lançados em todas as plataformas de streaming, a cantora se prepara agora para lançar seu primeiro álbum em 2022. Em Outubro de 2021, Maíra foi vencedora da etapa regional do Festival da Canção Francesa, sendo classificada pra final nacional, que acontece em Novembro deste mesmo ano.
Formada em música pela Uni-Rio e em teatro pela CAL, Maíra foi premiada como Melhor Intérprete – como vocalista da banda Reflexos – no Festival de Música do Zimba, em 2017. Atuou e assinou a direção musical e composições do espetáculo “Eu – quase – morri afogada várias vezes”, da coletiva As Minas, que estreou em 2017, e da peça “Menines”, em cartaz em São Paulo e Rio durante alguns meses em 2019, onde teve a oportunidade de contracenar com sua, agora, madrinha de carreira Simone Mazzer.
Selo Peneira Musical
Idealizado pela cantora, compositora e empresária Elisa Fernandes, a Peneira Musical (diverse lab) é um selo musical, subselo da Urban Pop, que conta com a distribuição da ADA (agregadora do grupo Warner). A Peneira Musical (diverse lab) é um laboratório de diversidade. Criado em 2020, tem a missão de potencializar – principalmente – a criatividade de mulheres, pessoas pretas e LGBTQIAP+ que se expressam através da música, com o objetivo de fazer com que esses artistas cada vez mais tenham suas vozes ouvidas e amplificadas, ocupando espaços que lhes foram negados por séculos. A Peneira Musical é Elisa Fernandes, Zerzil, Alexandra Pessoa, David Alfredo, Ana Sucha, Lienne, Maíra Garrido, Laura Canabrava, Fernando Procópio, Kristal Werner, Vittória Braun e Rafael Lorga, entre outros.