A arte da Calçada Portuguesa

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Se aqui no Brasil, as tradicionais calçadas portuguesas, que ainda resistem ao tempo e à intervenção humana, embelezam e se destacam nas ruas de Copacabana, no Rio de Janeiro, e em alguns pontos do centro e da Avenida Paulista, em São Paulo, em Lisboa elas assumem papel fundamental na sua identidade, mantendo vivo não apenas seu encanto histórico, mas também a arte, a cultura e a tradição regional.

A história dessa pedra calcária remonta ao século XV, quando foi criada por uma questão de praticidade e conveniência, transformando-se ao longo do tempo num dos maiores símbolos do destino. Ao caminhar por Lisboa é possível admirar uma imensa variedade dessa arte urbana silenciosa, feita de paciência e precisão. Cada peça é colocada à mão pelos calceteiros, que transformam o chão em verdadeiras obras-primas, ilustradas com composições geométricas, figurativas e personalizadas.

Assim, inspirada no “Roteiro Eixo Central: do Parque Eduardo VII à Praça do Município”, retirado do livro “Calçada Artística de Lisboa: 5 roteiros”, de autoria de António Miranda, a Associação Turismo de Lisboa (ATL) convida a descobrir alguns dos mais emblemáticos trabalhos presentes no coração lisboeta, revelando a maestria e a criatividade dos calceteiros que moldaram o destino.

Iniciando nas proximidades do referido parque e ao longo da Avenida da Liberdade, a calçada portuguesa chama a atenção pela sua elegância e requinte. Os padrões cuidadosamente trabalhados acompanham o traçado da rua, criando desenhos simétricos que evidenciam a precisão dos calceteiros. Junto ao Monumento a Rosa Araújo, a escultura e a calçada dialogam, combinando arte e patrimônio urbano, e reforçando o valor cultural regional. Cada pedra transmite, além da sua funcionalidade, um forte valor artístico, refletindo o zelo e a inovação que marcaram o século XIX e que continuam a ser um símbolo duradouro e característico lisboeta.

A originalidade também se faz presente na Rua das Pretas, um recanto discreto onde padrões e pequenos apontamentos decorativos surpreendem pela criatividade e pela forma como se ligam à história cotidiana do bairro, conferindo ao local um caráter único e intimista. A perícia e o cuidado artístico dos calceteiros tornam simples passeios em expressões de patrimônio cultural, marcando o ritmo de suas vias e praças.

Ainda na Avenida Liberdade, o Monumento ao Calceteiro presta homenagem aos mestres que deram forma e vida a essa arte. O espaço envolvente da escultura é composto por padrões tradicionais que evidenciam a dedicação dos calceteiros, transformando o chão num verdadeiro tributo à sua habilidade. As peças refletem não apenas a técnica, mas também seu valor cultural e artístico, simbolizando o reconhecimento dos artesãos, bem como a importância do seu legado.

Partindo em direção à Baixa Pombalina, o circuito termina na Rua da Conceição, enfeitada pelos padrões geométricos e florais da calçada que percorre todo o seu traçado. Tais desenhos acompanham o movimento dos pedestres, ao mesmo tempo que recordam a minuciosa reconstrução da cidade após o Terramoto de 1755, transformando a via num testemunho vivo da tradição e da identidade cultural de Lisboa.

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Sobre a Associação Turismo de Lisboa (ATL)

Fundada em 1998, a ATL é uma organização sem fins lucrativos constituída através de uma aliança entre entidades públicas e privadas que operam no setor do turismo. Atualmente conta com cerca de 900 associados, tendo como principal objetivo melhorar e incrementar a promoção de Lisboa como destino turístico e, consequentemente, aprimorar a qualidade e competitividade. Informações:

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Foto: Baixa Pombalina – Lisboa Secreta 2024