Uma professora australiana morreu ao subir o Monte Everest, na cordilheira do Himalaia, com o marido em uma expedição no último fim de semana. Maria Strydom, de 34 anos, queria completar a missão para provar que “vegetarianos não são fracos”, mas sentiu-se mal na descida, e não resistiu às complicações respiratórias.
Ela foi a segunda pessoa a morrer na montanha mais alta do mundo nesta expedição. Um holandês chamado Eric Arnold, de 35 anos, tinha dito a companheiros: “Meu corpo não tem energia sobrando”, antes de morrer durante o sono, de acordo com a agência de notícias holandesa ANP.
As equipes resgataram o corpo de Maria, enquanto o marido, Robert Gropel, continua uma batalha contra uma acumulação de líquido nos pulmões. O casal tinha alcançado com sucesso o acampamento quatro, 400 metros abaixo do cume, na sexta-feira passada, de acordo com registros dos telefones por satélite que eles levavam.
O gestor operacional da empresa Seven Summit Treks, Furtengi Sherpa, que acompanhava os dois, contou que ela estava lutando pela vida no final. “Maria estava cansada e sua energia caiu. Não havia oxigênio suficiente quando ela estava em uma altitude de 7,8 mil metros”, disse.
Maria e Gropel eram ativistas apaixonados e queriam enfrentar o Everest para desafiar estereótipos sobre a dieta que seguiam. Eles já tinham feito outras grandes escaladas, como o Monte Denali, no Alasca, Aconcágua, na Argentina, o Monte Ararat, na Turquia, e o Kilimanjaro, na África.
“Parece que as pessoas têm essa ideia distorcida que vegetarianos são desnutridos e fracos. Ao subir os sete cumes queremos provar que podem fazer qualquer coisa e muito mais”, disse ela em março.