Articulação de entidades empresariais define as prioridades regionais
Definir as principais reivindicações de real interesse regional e articular, na sustentação dessas reivindicações, as entidades empresariais oestinas. Esse foi o foco do encontro que reuniu, nesta semana, na sede da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), o vice-presidente do Sistema Fiesc Mário César de Aguiar e os dirigentes de entidades patronais.
O encontro foi coordenado pelo presidente da ACIC Cidnei Luiz Barozzi com a participação dos presidentes do Centro Empresarial (Neloir Tozzo), da CDL Chapecó (Clóvis Afonso Spohr), do Sicom (Marcos Antônio Barbieri) e do vice-presidente da Fiesc para o agronegócio (Mário Lanznaster), além de dirigentes de sindicatos industriais filiados à Fiesc.
A melhoria da infraestrutura foi o principal ponto focalizado. A duplicação das rodovias BR-282 e BR-470 foi considerada necessária e urgente. O trecho da BR-282 no oeste catarinense se encontra em condições precárias. A rodovia BR-163 no trecho entre São Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira foi considerada em pior situação de todo o sistema rodoviário. A Fiesc contratou a filmagem dessas rodovias para a produção de videodocumentário com inserções de análises e avaliações sobre as condições de cada segmento e seus efeitos negativos na economia regional e estadual. O objetivo é apresentar esse material ao Governo Federal.
O intenso movimento de cargas pesadas no entorno de Chapecó e a previsão de crescente aumento do fluxo rodoviário de caminhões – em razão de novos investimentos agroindustriais em planejamento ou em execução – tornou urgente a construção de um anel viário no perímetro urbano da cidade.
Outra prioridade em debate foi o Aeroporto Serafim Enoss Bertaso, de Chapecó, que recebe cerca de meio milhão de passageiros por ano. Com três companhias operando regularmente – Azul, Gol e Avianca – e cerca de 45 voos comerciais semanais, o Aeroporto de Chapecó atende hoje um raio de 300 municípios do Oeste de Santa Catarina, Sudoeste do Paraná e Noroeste do Rio Grande do Sul, compreendendo uma população de dois milhões de habitantes.
O Aeroporto aguarda há muitos anos investimentos. Em 19 de dezembro passado, a Prefeitura assinou Termo de Compromisso com o Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil e será contemplada com o aporte de R$ 10,6 milhões para investimentos em reforma e ampliação do Terminal, além de adequação do acesso viário. Esse investimento foi considerado tímido pelas lideranças empresariais em face do ritmo de crescimento da demanda e da necessidade de equipamentos de proteção ao voo que reduza o número de cancelamentos.
O vice-presidente da Fiesc revelou que a Emirates – uma das maiores companhias aéreas do mundo – espera a realização das melhorias para investir na operação de um terminal de transporte de cargas embarcadas em Chapecó com destino no exterior. No Aeródromo foram investidos recentemente mais de R$ 1 milhão em Equipamentos de Proteção Individual e Equipamentos de Proteção Respiratória; ampliado o efetivo do Corpo de Bombeiros de nove para 23 militares e recebido um novo caminhão de Combate a Incêndios e Salvamento. Agora, o Município aguarda a homologação da ANAC para enquadrar o aeródromo de Chapecó na categoria seis, possibilitando assim incrementar o número de operações, rotas e voos com aeronaves maiores, além de atrair outras companhias.
O presidente da ACIC Cidnei Barozzi anunciou que firmou parceria com a Fiesc para auxiliar na elaboração de projetos culturais e na captação de recursos por meio dos incentivos previstos na Lei Rouanet. Levantamento da Fiesc revelou que em Chapecó existem 70 empresas com capacidade de doação de até R$ 20 milhões de reais por ano.