A Mizuno Uphill Marathon acontece no próximo sábado (3). A Atribrusque mais uma vez estará representada neste importante evento. Cleber Soares corre a prova de 42 quilômetros em solo inclinado. O evento acontece em Treviso (SC).
Esta é a quarta edição do Mizuno Uphill Marathon. “Na primeira edição participaram apenas 50 convidados. A partir da segunda, em 2014, foi aberto ao público. Porém, para poder participar o atleta precisa ter um tempo estipulado em maratonas. Portanto, se eu for mal este ano, posso perder a próxima competição”, explica Soares.
Em 2014, o atleta da Atribrusque completou a prova em 4 horas e 25 minutos, sendo o 76º melhor entre mais de 200 competidores. No ano passado, Soares diminuiu seu tempo em 14 minutos e conseguiu a 64ª posição. Neste sábado o atleta não projeta em qual lugar irá ficar. “Eu tive uma lesão em cima da hora que me atrapalhou. O grande objetivo agora é diminuir meu tempo, fazer a prova em menos de 4 horas e 11 minutos. Durante a maratona, dependendo de como estiver a situação, eu começo a projetar uma posição para chegar”. Neste ano 475 atletas devem competir na prova.
Cleber Soares é Policial Militar, tem 36 anos e faz parte da equipe da Atribrusque a mais de cinco anos. Não participa apenas de maratonas, também é triatleta. Já participou de Ironmans e meio Ironmans. Em julho, Soares foi vice-campeão da Meia Maratona de Balneário Camboriú, na categoria de 35 a 39 anos. O atleta correu 21 quilômetros em 1 hora e 26 minutos. No Mizuno Uphill Marathon não existe divisão por idade.
Soares já completou o Indomit, prova disputada em Bombinhas. “São 100 quilômetros com trilha, subidas e condições adversas, uma prova muito difícil. A recuperação depois é longa e complicada”, conta. Esta é a rotina do atleta, sempre treinando entre uma disputa e outra, mantendo a forma para competir. Para a prova de sábado foram seis semanas de treino. “O treinamento foi mais intenso nas duas últimas semanas. Faço treino indoor e também corrida em estrada. Semana passada foram 34 quilômetros de corrida inclinada em um treinamento específico para este evento”, destaca.
Todo este esforço resultou em uma lesão no tendão de aquiles. “Não é nada muito grave, acredito que não vá me atrapalhar durante a prova. Porém, é preocupante e influenciou a etapa final de meus treinamentos. Esta última semana é mais focada no descanso para eu entrar inteiro na prova”, afirma. A lesão pode ter sido causada pelo treinamento específico para uma maratona inclinada. “É uma rotina de treinos bem diferente. Quando a preparação é para uma maratona inclinada, por exemplo, se trabalha bem mais os membros inferiores, o treino é mais intenso”, explica Soares.