Na tarde ensolarada de quinta-feira, dia 23, a equipe do Núcleo de Desaparecidos, em parceria com o S.O.S Desaparecidos, da cidade de Florianópolis, além do Conselho Tutelar e as voluntárias Ana Carolina e Bruna Cristina, reuniram-se na Escola Municipal Anita Bernardes Ganancini, para dar início a Campanha de Prevenção de Fuga do Lar e Desaparecimento de Crianças e Adolescentes. O projeto irá percorrer todas as escolas do município, com o objetivo de informar e alertar os pequenos cidadãos sobre as dificuldades que más escolhas podem resultar para eles e seus familiares.
“Nós trabalhamos diariamente com casos de desaparecimentos e a angústia dos familiares é muito grande. Queremos mudar este cenário e entendemos que isso só é possível através da prevenção e conscientização, que são exatamente, os princípios desta campanha”, explicou o Coordenador do Núcleo de Prevenção as Drogas e Combate a Pedofilia, Bruno Moré, que coordena ainda o Núcleo de Desaparecidos.
Neste ano 10 casos de desaparecimentos já foram registrados pelo Conselho Tutelar e o Núcleo responsável em Camboriú. Com o apoio da Polícia Militar a maioria dessas histórias terminou com um final feliz, porém o desfecho nem sempre é assim. Por isto, todas as entidades, ONGs e pessoas interessadas estão juntas nesta campanha que tentará mudar estes números.
“As crianças e adolescentes são o futuro desta nação, por isso informá-las e prevenir que tomem decisões errôneas é dever não só dos familiares como da sociedade em geral”, comentou o conselheiro tutelar, Manoel Mafra.
O evento encerrou com depoimentos de mães que sofreram ou ainda sofrem com o desaparecimento dos filhos. Com olhares vazios e ansiosos, dividiram com a sala repleta de adolescentes o quão importante é a confiança e o respeito mútuo entre as famílias, para que situações assim não aconteçam. Após os emocionados depoimentos, adolescentes e autoridades soltaram juntos balões com o rosto de crianças desaparecidas. Os balões espalharam-se pelo céu com a esperança de transformar através desta campanha, as estatísticas que assombram muitas famílias camboriuenses.