O público pôde prestigiar gratuitamente mais de 270 atrações que ocuparam todos os espaços do Teatro Carlos Gomes
Na plateia, olhares curiosos, risos, abraços de encontro e reencontro. Nos espaços, todas as formas e cores da arte, celebração, diversidade, pluralidades de vozes, batalha de rima. Cerca de 15 mil pessoas passaram pelo COLMEIA 2016, neste fim de semana, no Teatro Carlos Gomes. Com entrada gratuita e aberto a toda comunidade, o público de Blumenau e região pôde prestigiar mais de 270 atrações nas áreas de artesanato, cênicas, cinema, culinária, dança, hip hop, literatura, mobilidade urbana, música, oficinas e visuais. Na quinta edição, cerca de 500 artistas, artivistas e gestores culturais se envolveram na organização do COLMEIA, evento que cresce a cada ano, como coletivo, como referência na gestão colaborativa e mostra Laboral Multicultural de Experimentações e Intervenções Artísticas do município.
“O Coletivo amadureceu, gente muito diferente se encontrou, crianças e jovens vieram em massa, artistas conhecidos e estreantes dão vazão às suas experimentações. Cada edição avançamos em áreas e detectamos pontos a melhorar, e logo após o evento a proposta é revisada. Estima-se que 15 mil pessoas passaram pelo evento nos seus dois dias de realização, partilhando da produção cultural regional. Mais bacana é que o resultado do COLMEIA é fruto de uma ação coletiva, que partilha dos sucessos e insucessos com todos integrantes, e esse aprendizado, de reunir pessoas e fazer acontecer, é o grande legado que o COLMEIA proporciona”, diz o produtor cultural Rodrigo Dal Molin.
Segundo a voluntária do GT Comunicação, Anna Blasé, o evento deste ano foi um grande aprendizado. “Foi uma experiência acrescentadora, tanto para o meu desenvolvimento pessoal, quanto profissional, senso de coletivo e de entendimento das mais diversas expressões artísticas que ocorreram”.
“O COLMEIA é o resultado somático das inquietações individuais e coletivos da cidade, capitaneado por uma equipe magnífica de voluntários igualmente inquietos e um dos melhores momentos da cidade, que deve ser incentivado”, diz o arquiteto Sávio Abi-Zaid.
Para o músico Junior Sofiati, o evento foi marcante: “uma das experiências mais incríveis da minha vida. Não só por tocar, mas também por participar e ajudar. Fui espectador em todas as edições e finalmente nesta me envolvi de corpo e alma. Realizei o sonho de tocar no Teatro e no COLMEIA, foram os dois dos melhores shows de toda a minha trajetória musical”.
O diretor comercial, Everton Girardi, diz que o evento tem um parecer interessante: “Entendi a proposta de forma muito coerente, uma mistura de estilos correntes e pensamentos. Vale a pena investir na cultura e nas artes. Se todos pudessem se reunir desse jeito”.
“É uma mistura de sentimentos, a oportunidade de ver por outros olhos, não o de público participante, mas o de coletivo. As emoções de uma cobertura em tempo real de um evento tão diverso é uma aula fora da universidade. Para nós estudantes de jornalismo em formação, o COLMEIA é um marco em nossas vidas e a edição de 2016 veio para reforçar que o jornalismo colaborativo é uma força necessária para os movimentos culturais”, comenta a integrante do Coletivo Lente Crua, Yoana Carmo.
Recentemente, foi ao ar o site do Coletivo: www.coletivocolmeia.com.br. Acompanhe as notícias e as novidades pelo www.facebook.com/coletivocolmeia ou www.instagram.com/coletivocolmeia
COLMEIA
Com a primeira edição em 2012, tendo como um dos idealizadores o artivista Clóvis Truppel (in memoriam), o evento COLMEIA é colaborativo, organizado pela classe cultural em conjunto com o teatro. Na parceria estabelecida, o Teatro Carlos Gomes cede as dependências e a estrutura sem custos e os artistas cedem a sua produção. Desta forma, a comunidade tem acesso ao movimento cultural sem cobrança de ingressos. Além de uma programação cultural intensa, outro destaque é a gestão dos favos pelos moderadores, lideres-carismáticos que foram surgindo durante as reuniões, e que tomam às frentes dos Grupos de Trabalhos (GT) nas áreas de artesanato, cênicas, cinema, culinária, dança, hip hop, literatura, mobilidade urbana, música, oficinas e visuais.