Saiba quais são as alergias mais recorrentes e como preveni-las durante o inverno
Em junho, começa oficialmente o inverno, o período mais frio do ano, e com isso, casos de alergias respiratórias ficam recorrentes, afetando grande parte da população. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), quadros alérgicos já afetam cerca de 30% das pessoas em uma escala global, e essa incidência tende a aumentar em épocas de temperaturas mais baixas.
O que são alergias respiratórias?
As alergias respiratórias correspondem a uma forma exagerada de o sistema imunológico reagir a alguns meios e substâncias (alérgenos). Essas reações ocasionam a liberação da histamina, o que pode gerar mal-estar e sintomas como espirros, coriza, congestão nasal, coceira no nariz e nos olhos, tosse e dificuldade para respirar. Em alguns casos, as alergias também podem refletir na pele, apresentando urticária, coceira e erupções na pele.
Como o frio pode agravar quadros alérgicos?
Durante os meses mais frios do ano, a umidade tende a estar mais baixa; somando esses dois fatores, as vias aéreas podem ficar mais irritadas, desencadeando sintomas alérgicos. Além disso, a mudança de temperatura acaba estimulando a proliferação de alguns vírus, como o da gripe.
Associado a esses fatores, o comportamento dos indivíduos pode aumentar a possibilidade de quadros alérgicos. É comum que as pessoas permaneçam em ambientes fechados e com pouca ventilação durante os dias frios, o que causa um maior acúmulo e contato com ácaros e poeiras, que também podem estar impregnados em cobertores e agasalhos que ficaram guardados durante outras estações.
Alergias no inverno: principais tipos e causas
Entre os tipos de alergias mais comuns durante essa temporada, estão:
-
Rinite vasomotora:
A rinite vasomotora, também chamada de rinite não alérgica, é causada justamente pela mudança de temperatura, uma vez que ela estimula a alteração da contração dos vasos sanguíneos do nariz, o que pode causar irritações e inflamação da mucosa nasal.
-
Rinite alérgica:
É desencadeada por reação alérgica a partículas inaladas (alérgenos), como ácaros, poeira, pelo de animais e mofo.
-
Asma alérgica:
Pessoas com asma alérgica podem sofrer mais nessa época do ano justamente por esse contato maior com substâncias que causam alergias respiratórias.
-
Sinusite alérgica:
O contato com alérgenos também pode causar inflamação e edema nos seios nasais, ocasionando os sintomas de sinusite.
Tratamentos
Algumas dessas alergias respiratórias podem ser tratadas com o uso de medicamentos anti-histamínicos (antialérgicos), corticoides e descongestionantes, entretanto, eles não devem ser tomados com muita frequência, sendo necessário tratar o problema desde a raiz para prevenir esses episódios. Em casos mais graves, como o de asma e sinusite, é necessário fazer acompanhamento médico.
Para evitar esses sintomas, pode ser realizada a imunoterapia, conhecida como a vacina da alergia, que ajuda a dessensibilizar o sistema imunológico ao longo do tempo. Nesse sentido, estudantes da faculdade de biomedicina, medicina, enfermagem, entre outras, estão buscando compreender melhor esses quadros e propor tratamentos mais eficientes.
Dicas para prevenção de alergias
A prevenção é o tratamento mais eficaz para as alergias respiratórias. A seguir, separamos algumas dicas para evitar o surgimento desses sintomas:
-
manter o ambiente limpo e arejado;
-
usar purificador e umidificador de ar;
-
lavar as mãos;
-
lavar e expor frequentemente edredons, cobertores, lençóis e afins ao sol;
-
lavar o nariz com soro fisiológico para manter a umidade da mucosa nasal e remover substâncias que possam irritar a região;
-
manter as vacinas, como a da gripe, em dia.
Essas práticas, quando adotadas com frequência, podem reduzir a recorrência das alergias respiratórias e também promovem maior bem-estar, permitindo desfrutarmos de forma mais prazerosa os meses mais frios do ano.
Créditos: iStock / PonyWang