A Fundação Bienal e o Itaú, correalizador da 32ª Bienal de São Paulo – Incerteza viva, anunciam a abertura hoje (07) da 32ª Bienal de São Paulo.
“A incerteza pode causar algo novo – e nós estamos precisando de algo novo, imaginar outras possibilidades. Quem vem vai econtrar, espero, alguma coisa que vai diologar com uma experiêncai própria, com uma incerteza, um sentimento próprio que talvez vá provocar algo transformador.”
Sob o título Incerteza viva [Live Uncertainty], a 32a Bienal de São Paulo busca refletir sobre as atuais condições da vida e as estratégias oferecidas pela arte contemporânea para acolher ou habitar incertezas. A exposição acontece de 07 de setembro a 12 de dezembro de 2016 no Pavilhão Ciccillo Matarazzo, reunindo aproximadamente 90 artistas e coletivos.
Para que possamos enfrentar objetivamente grandes questões do nosso tempo, como o aquecimento global e seu impacto em nosso hábitat, a extinção de espécies e a perda de diversidade biológica e cultural, a instabilidade econômica ou política, a injustiça na distribuição dos recursos naturais da Terra, a migração global, entre outros, talvez seja preciso desvincular a incerteza do medo. A incerteza está claramente conectada a noções endêmicas no corpo e na terra, com uma qualidade viral em organismos e ecossistemas. Embora esteja atrelada à palavra crise, não é equivalente a ela. Incerteza é, sobretudo, uma condição psicológica ligada aos processos individuais ou coletivos de tomada de decisão, descrevendo o entendimento e o não entendimento de problemas concretos.
A noção de incerteza faz parte do repertório de muitas disciplinas – da matemática à astronomia, passando pela lingüística, biologia, sociologia, antropologia, história ou educação. Diferentemente do que acontece em outros campos, no entanto, a incerteza na arte aponta para a desordem, levando em conta a ambiguidade e a contradição. A arte se alimenta da incerteza, da chance, do improviso, da especulação e ao mesmo tempo tenta contar o incontável ou mensurar o imensurável. Ela dá espaço para o erro, para a dúvida e até para os fantasmas e receios mais profundos de cada um de nós, mas sem manipulá-los. Não seria o caso, então, de fazer com que os vários modos de pensar e de fazer da arte pudessem ser aplicados a outros campos da vida pública?
A organização informa que são esperados 500 mil visitantes para a 32ª Bienal. A entrada é gratuita.
32ª Bienal de São Paulo – ‘Incerteza viva’
Quando: de 7 de setembro a 11 de dezembro
Dias de visitação: Terças, quartas, sextas, domingos e feriados das 9h às 19h (entrada até as 18h);
Quintas e sábados das 9h às 22 (entrada até as 21h); fechado às segundas
Onde: Pavilhão Ciccillo Matarazzo, Parque Ibirapuera
Avenida Pedro Álvares Cabral, s/n – Vila Mariana – Entrada pelo portão 3
Curador: Jochen Volz
Cocuradores: Gabi Ngcobo, Júlia Rebouças, Lars Bang Larsen e Sofía Olascoaga
Entrada: gratuita