A guerra pela Presidência da Câmara, se o Parlamento brasileiro tivesse algum tipo de decência, teria dado hoje um passo irreversível para a cassação de um deputado.
Ou Rogério Rosso, favorito para a dirigir a Casa ou Alberto Fraga, do DEM.
Fraga disse ao jornal O Globo que assistiu o vídeo onde Rosso teria sido gravado pegando dinheiro, no esquema de propinas do Governo demista de José Roberto Arruda, em imagens que teriam sido registradas pelo delator Durval Barbosa, como informou o técnico de informática que para ele editava os registros.
Ou está dizendo a verdade e tem de dar satisfação sobre quem detém esta prova de crime.
Ou mentiu e tem de ir para a Comissão de Ética.
É impossível que se aceite sua “saída pela tangente”:
— Eu vi os vídeos, mas não quero entrar nessa questão. O Rogério (Rosso) é meu amigo. Não quero comentar.
Como assim? Um deputado presencia, via imagens, um crime, mas como é seu “amigo” – e não é, é seu adversário figadal – não vai falar?
Aguarda-se que algum partido apresente um requerimento urgente para que Fraga seja ouvido e dê detalhes sobre o que viu e na posse de quem estão estas imagens.
Ou será que um “apanhador de panetones” venha a ser presidente da Cãmara e virtual vice-presidente da República?