Educação Adventista quer ampliar alcance do ensino
Mais escolas e mais facilidade de acesso à Educação Adventista. Esses são alguns dos objetivos que estão em pauta ao longo desta semana na República Dominicana em um concílio inédito realizado entre líderes da rede educativa de toda a América do Sul e América Central, que representam, no total, 42 países.
Além dos diretores de educação, também participaram líderes das sedes regionais da Igreja dessas localidades, reitores das instituições de ensino superior e representantes das três casas editoras que produzem os materiais didáticos da rede em português, inglês, espanhol e francês. A reunião é organizada pela sede mundial da Igreja Adventista e a iniciativa de segmentar reunindo regiões geograficamente próximas foi justamente para quebrar fronteiras e desenvolver novas estratégias para o crescimento da Educação Adventista.
O encontro busca discutir e elaborar ideias para solucionar dez tópicos específicos propostos pelo escritório geral da denominação. Em grupos mesclados, a equipe multicutural trata, em sua essência, da melhoria da qualidade do ensino e das instalações, do aumento de instituições e dos enfoques que devem ser reforçados pela Rede, independente do tamanho ou de onde está localizada.
Segundo a diretora mundial da Educação Adventista, Lisa Beardsley-Hard, a estratégia de unir diferentes realidades é positiva. “Acredito que é possível criar entre eles um poderoso networking. E o nosso objetivo aqui foi elaborar e votar esses 10 objetivos que serão mundiais. Eles puderam expor as suas ideias. Oito grupos estão trabalhando focados na educação primária e fundamental, e mais quatro grupos estão trabalhando com estratégias para o ensino superior. Lá na Associação Geral nós estamos muito longe da realidade de cada lugar, e quando nos aproximamos e fazemos com que cada um participe colocando os seus pontos, é exitoso”, pontua.
Tecnologia a favor da educação
Uma das estratégias para o crescimento e da Educação Adventista no Brasil já para 2018 é a implantação dos cursos superiores a distância. A modalidade, coordenada pela sede sul-americana da Igreja, dará a oportunidade para que alunos cursem a graduação em uma instituição adventista sem a necessidade de deslocamento até uma das sete faculdades que a denominação mantém no País.
Serão mais de 70 polos espalhados pelo Brasil e seis cursos oferecidos: quatro superiores – Administração, Letras, Ciências Contábeis e Pedagogia; e dois cursos técnicos – Processos Gerenciais e Recursos Humanos.
Martin Kuhn, reitor do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), instituição que oferecerá a modalidade, há diversos benefícios para o estudante. “Os valores que dão base à Educação Adventista estarão ali, visíveis. Assim como no ensino presencial, nos pautaremos pela qualidade, pois o aluno que cursar essa modalidade vai ter acesso ao mesmo padrão Unasp. Inclusive, no seu diploma não há distinção de que o curso foi realizado à distância”, destaca.
O encontro dos líderes também busca desenvolver ferramentas para aproximar os discentes de Deus e fidelizar esse relacionamento. Por isso, ao longo da reunião os participantes estão estudando o livro Educando para a Eternidade, de George Knight, que foi publicado previamente em edições limitadas em inglês, português e espanhol para ser usado no evento.
A Educação Adventista na América do Sul conta com 319 mil alunos espalhados em 909 escolas e colégios, e 16 instituições de ensino superior. “Costumo dizer que temos igrejas em formatos de escolas, e a nossa missão vai além de formar academicamente os nossos alunos. Nossa missão é salvar”, reforça o pastor Erton Köhler, presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul. [Equipe ASN, Rebbeca Ricarte]