Ele é amigo do amigo do amigo do amigo…

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PAZINATO camboriu
PAZINATO camboriu

Sobre a Operação Timóteo, que envolveu, com gritaria subsequente, o Pastor Silas Malafaia e uma igreja de Balneário Camboriú: a maior parte do dinheiro teria sido movimentada pelo escritório de Jader Alberto Pazinato, no centro de Camboriú, onde agentes da PF fizeram buscas em documentos e computadores na manhã de sexta-feira.

Pazinato foi o “fiel” da igreja que doou os R$ 100 mil e Silas depositou na sua conta pessoal, como “oferta” em troca de “uma oração”. Jader Alberto Pazinato é apontado na operação Timóteo, da PF, como autor de pagamentos de R$ 61 milhões em propinas em um esquema de corrupção envolvendo royalties de exploração mineral.

Pelo menos outros dois mandados foram cumpridos, um em Itajaí, na casa de Jader, e outro na sede da Igreja Embaixada Reino de Deus, em Balneário Camboriú.

O escritório de Jader tem contratos com municípios do Pará, onde a PF também cumpriu mandados na sexta-feira. Um dos mandados de prisão temporária foi contra Alberto Jatene, filho do atual governador, Simão Jatene, do PSDB. Alberto teria recebido R$ 750 mil por meio do esquema investigado na Operação Timóteo.

Leandro Luiz da Silva, o Índio, a propósito da publicação do Diário Catarinense, compartilhada no Facebook, anotou:

Vou ler bastante antes de tecer comentários sobre. Mas este escritório citado na reportagem foi aquele contratado por um suplente de Deputado Federal para prestar consultoria em vários projetos de combate à corrupção, quando exerceu por quatro meses o mandato em 2015. Nada de pré-julgamentos. A hora é de monitorar e aguardar mais detalhes”.

É verdade. Nada de pré-julgamentos. Mas o dito advogado, além de prestar “assessoria” em vários projetos de combate à corrupção do então deputado, foi também um doador da campanha para a eleição parlamentar do mesmo suplente empossado por quatro meses.

A estranhar-se, no mínimo, pelas vinculações da notícia e das denúncias, vir de onde veio a sugestão de elaborar projetos de combater a corrupção.

Entrar nessas frias, pelo jeito, não é privilégio de ninguém nesta terra ecumênica de Balneário Camboriú. Nota-se uma certa indulgência plena em relação ao assunto por parte da imprensa, mas nos permite imaginar se o caso tivesse ocorrido, sob as mesmíssimas circunstâncias, envolvendo ainda que muito longe, como no caso, os nomes de Edson Piriquito ou Leonel Pavan…

(Com dados de matéria publicada no Diário Catarinense)

 

 

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