Prestes a completar um mês a frente do recém criado Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, o ex-prefeito de São Paulo e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, repercutiu sobre o anúncio do prefeito de Florianópolis, Cesar Souza Júnior (PSD), de não concorrer à reeleição na Capital. O ministro veio a Santa Catarina para cumprir agenda em Florianópolisdurante a oficialização da inauguração do Centro de Inovação e Ensaios Pré-clínicos (CIEnP), instalado no Sapiens Parque, no Norte da Ilha.
Depois da cerimônia, Kassab afirmou que Cesar Junior fez um bom trabalho como prefeito de Florianópolis e que teria grande chance de ser reeleito caso colocasse seu nome à disposição. Ressaltou ainda que, por conta do atual cenário político econômico do país, “não é fácil estar a frente da administração municipal”.
— Caso ele mudasse de opinião e quisesse ser candidato, sei que teria grande chance de se reeleger e fazer um grande mandato como ele fez até agora — disse ao reafirmar que Cesar Junior saberá consolidar a decisão, independe que qual for.
O PSD discute um nome para concorrer à sucessão do governador Raimundo Colombo em Santa Catarina?
— O PSD aqui no Estado ele tem a sua autonomia. Eu sempre digo que o partido que tem como seu filiado um governador, é um partido que tem na figura do governador o seu grande líder. O partido tem um bom presidente (em SC), que é o deputado (Gelson) Merisio, além do prefeito de Florianópolis, fazendo um bom trabalho. Ele é jovem e talentoso e que saberá consolidar a decisão de ser ou não candidato. É a sua decisão. Mas, acredito que ele é um jovem preparado para continuar o trabalho a frente da prefeitura de Florianópolis e é preparado também para assumir novas missões, caso ele entenda que seja adequado ter novas missões.
Como o senhor avalia a decisão do prefeito de Florianópolis Cesar Souza Junior de não concorrer à reeleição?
— O prefeito faz um bom trabalho. Hoje não é fácil você estar a frente da administração municipal. Eu fui durante sete anos o prefeito de São Paulo, a maior cidade do país. Fui reeleito prefeito de São Paulo e sei o enorme desafio que é ser prefeito num momento em que as circunstâncias econômicas do Brasil não são favoráveis. O prefeito está lá na ponta da linha. É ele quem cuida de saúde e de educação. Ele que lida com recursos escassos e com os reajustes dos salários, que não são compatíveis com as expectativas do funcionalismo. Apesar de todas as dificuldades, o primeiro mandato (de Cesar Junior) está chegando ao fim e caso ele mude de opinião e queira ser candidato, teria grande chance de se reeleger e faria um grande mandato como ele fez agora.
Sobre a fusão dos ministérios, que garantias o senhor dá de que o setor de Tecnologia e Inovação não será prejudicado pelos interesses da Comunicação?
— A nossa presença aqui é a prova disso. O ministério não foi extinto. Ele foi incorporado ao Ministério de Ciência, Inovação e Tecnologia. Surge um ministério fortalecido que vai fornecer amparo a todas as necessidades das comunicações e, principalmente, vai revigorar o então MCTI, trazendo um peso político adicional e aumentando a velocidade das transformações no Brasil para pesquisa da inovação e da ciência.