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Em Maresias, Weslley Dantas garante o título do Maresia Paulista de Surf Profissional

Em Maresias, Weslley Dantas garante o título do Maresia Paulista de Surf Profissional

Campeão mundial júnior, campeão sul-americano pro-júnior, Weslley Dantas vai colocando o seu nome de vez na história do surf brasileiro. Neste domingo (8), o surfista de Ubatuba garantiu o título do Maresia Paulista de Surf Profissional, o mais tradicional circuito realizado no País. Entrou para a seleta galeria dos melhores do Estado, sendo o 34º surfista a erguer a taça, assim como o seu irmão mais velho, Wiggolly Dantas já havia feito em 2014, antes de passar a competir no WCT.

Como prêmio, faturou uma moto 0k oferecida pela Surf Trip, Kyw e Super Tubes e mais R$ 1 mil extras, da Overboard. A 3ª e decisiva etapa do Maresia foi disputada na Praia de Maresias, em São Sebastião, e teve como grande vencedor Thiago Camarão, campeão paulista em 2015 e que já havia vencido a etapa inicial deste ano, em Ubatuba. Com uma apresentação impecável, somando 19 pontos, de 20 possíveis, incluindo uma nota dez unânime (a única do evento), ele embolsou R$ 8 mil, de um total de R$ 30 mil.

O título foi comemorado ainda nas oitavas-de-final, quando Weslley avançou para as quartas e não poderia ser mais alcançado no ranking. Mesmo assim, ele seguiu surfando muito até a final, para terminar em quarto lugar, sendo o único a chegar nas decisões das três etapas de 2017 – foi o terceiro na abertura, na Praia de Itamambuca e o vencedor na Praia Grande, ambas em Ubatuba.

No total, foram 90 atletas, de nove estados competindo e também atrás dos importantes 3 mil pontos no ranking Abrasp, que definirá o novo campeão brasileiro. As disputas começaram sábado com ondas pequenas e o mar melhorou muito domingo, apesar da previsão ser pessimista, garantindo boas condições para apresentações de excelente nível técnico.

Na disputa pelo paulista, quatro atletas – todos de Ubatuba – chegaram com chances. Geovani Ferreira, o Tchuca, perdeu logo no round dois. Depois, Wesley Leite não avançou às quartas, por apenas cinco centésimos. Veio, então, a bateria decisiva, com Weslley e Tales Araújo juntos. Os dois deram um show à parte, numa disputa de altíssimo nível.

Tales fez a sua parte e passou a bateria, com 18,35 pontos, “vendendo caro o título”. Weslley fez bonito, abusando dos aéreos e também seguiu no evento, com 17,50. Ao sair do mar, Tales foi o primeiro a cumprimenta-lo na areia, dando um abraço e, depois, o carregou nos ombros, junto com o técnico de ambos, Everton Silva (também treinador da campeã brasileira de 2017, Luana Coutinho).

“É meu primeiro título paulista, não tenho muitos anos de profissional e estou muito feliz, principalmente porque meu irmão também já foi campeão”, vibrou o atleta de 18 anos. “Vi muita gente sendo campeão, o Hizu (Hizunomê Bettero), o Saulinho (Saulo Júnior), o Renato Galvão, que eu sempre admirei no surf de Ubatuba. E hoje é a minha vez. Consegui! Graças a Deus, com muito foco, muita determinação. Muito obrigado Senhor por essa conquista”, agradeceu.

Vale lembrar que esta foi a segunda vez, desde que o Circuito foi criado, que dois irmãos garantem o título paulista. A primeira ocasião foi ainda na década de 80, com Almir Salazar (único tetracampeão) e Picuruta. “É muito legal saber que estou seguindo os passos do Guigui. Agora é entrar no WCT, com muita garra, muita vontade. Vou competir focado e, se Deus quiser, vou ser mais um brasileiro lá”, determinou.

Weslley também comentou a bateria decisiva, tendo o amigo e companheiro diário de treinos, como rival direto. “O Tales é fogo. A bateria foi muito difícil. Treinamos juntos, ele é um amigo meu desde criança e é muito bom ver ele surfando muito e no topo do Brasileiro. Ubatuba está em festa”, cravou o atleta.

GUIGUI COMENTA – Mesmo de longe, o irmão “coruja” comentou nas redes sociais a conquista de Weslley, postando fotos dele em 2014 e do caçula agora. “Meu irmão, meu orgulho. Parabéns minha cria. Campeão paulista. Que incrível. Aqui de longe, acompanho, torço, pego força e energia para me inspirar, monstrinho”, escreveu o atleta, que aguarda o início da nona etapa do WCT, na França.

Tales, que além da chance do título paulista, chegou a Maresias como líder do ranking brasileiro, ficou feliz com a performance do amigo. “A gente treina todo dia juntos, com o mesmo treinador, e é difícil torcer para o outro perder. Procurei fazer a minha parte. O título está em boas mãos. Agora é batalhar para o ano que vem ficar em Ubatuba de novo e pensar no Brasileiro deste ano”, complementou o surfista, que acabou derrotado na fase seguinte, ficando em nono.

Já na disputa pela vitória na etapa, o que se viu foram grandes shows de surf no mar, com ondas com ótima formação, proporcionando vários “high scores”. Só para ter um exemplo, na primeira semifinal, foram nada menos que sete notas nove. Deivid Silva se classificou com 19,10 (com um 9,90 e um 9,20, descartando um 9) e Thiago Camarão, com 18,60 (com um 9,45 e um 9,15).

FINAL – A bateria decisiva foi “premiada” com os quatro surfistas responsáveis por grandes performances nos dois dias e ficará marcada na história pelo elevado nível técnico apresentado na água. Em dez minutos, todos já haviam passado dos 17 pontos. Mas Camarão teve uma apresentação irretocável. Abriu com nove e depois se consagrou com a nota dez, explorando totalmente a onda. Weslley Dantas abriu com um 9,5, arriscou tudo, mudou de estratégia, mas não conseguiu reverter.

Victor Bernardo, totalmente recuperado de uma lesão que o afastou de várias disputas, também fez bonito, com um 9,5 e Deivid Silva garantiu um 9 e um 9,60, descartando um 8,85. No placar final, 19 pontos para Thiago, 18,60 para Deivid, 17,60 para Victor e 17,05 para Weslley.

“Primeira vitória dentro de casa, aqui em Maresias, um lugar onde treino todos os dias, me sinto muito bem, ainda mais na frente da minha família, dos meus amigos. Foi especial”, disse, comemorando ganhar duas etapas na mesma temporada. “Minha reputação no Brasileiro não é muito grande, por só ter competido no circuito Mundial. Agora estou me dedicando ao Circuito Nacional. O Paulista hoje é uma referência para todos os atletas”, acrescentou.

Vale destacar a grande performance de Deivid ao longo de todo o evento. Em todas as baterias conseguiu notas excelentes. Em cinco baterias disputadas, foram sete notas nove e ainda uma dez. “Estou muito feliz, esse campeonato eu só pensei em me divertir. É um circuito muito irado para o Brasil, um dos melhores que existe. Vim mais para manter ritmo de competição”, relatou.

O Maresia Paulista de Surf Profissional 2017 teve os patrocínios da rede de lojas Overboard, Surf Trip, Kyw e Super Tubes. Apoios de K Energy Drink, prefeituras de Ubatuba e São Sebastião, Associação Ubatuba de Surf e Associação de Surf de São Sebastião, Governo do Estado de São Paulo/Secretaria da Juventude Esporte e Lazer, com divulgação de Waves. Realização: Federação Paulista de Surf.

 

RANKING FINAL APÓS 3 ETAPAS:

1 Weslley Dantas (Ubatuba) – 2.400

2 Thiago Camarão (São Sebastião) – 2.000

3 Geovani Ferreira (Ubatuba) – 1.710

3 Wesley Leite (Ubatuba) – 1.710

5 Tales Araújo (Ubatuba) – 1.630

6 Edgard Groggia (Guarujá) – 1.505

7 Luciano Brulher (Caraguatatuba) – 1.410

8 Emerson Santos (Ubatuba) – 1.360

9 Caetano Vargas (SC) – 1.330

10 Tamae Bettero (Ubatuba) – 1.325

11 Nathan Kawani (Guarujá) – 1.320

12 Renato Galvão (Ubatuba) – 1.290

13 José Francisco (PB) 1.275

14 Thiago Guimarães (Peruíbe) – 1.235

15 Renan Pulga (São Sebastião) – 1.210

16 Gustavo Ribeiro (Itanhaém) – 1.140

 

RESULTADOS, PREMIAÇÃO E PONTUAÇÕES DA 2ª ETAPA:

1 Thiago Camarão (São Sebastião/SP) – R$ 8 mil/ 1.000 pontos no paulista – 3.000 pontos no brasileiro

2 Deivid Silva (Guarujá/SP) – R$ 5 mil/ 860 pontos no paulista – 2.580 pontos no brasileiro

3 Victor Bernardo (Guarujá/SP) – R$ 3,2 mil/ 730 pontos no paulista – 2.190 pontos no brasileiro

4 Weslley Dantas (Ubatuba/SP) – R$ 2,6 mil/ 670 pontos no paulista – 2.010 pontos no brasileiro

5 Renato Galvão (Ubatuba/SP) – R$ 1,6 mil/ 610 pontos no paulista – 1.830 pontos no brasileiro

5 Caetano Vargas (Itapoá/SC) – R$ 1,6 mil/ 610 pontos no paulista – 1.830 pontos no brasileiro

7 Samuel Pupo (São Sebastião/SP) – R$ 1,2 mil/ 555 pontos no paulista – 1.666 pontos no brasileiro

7 Tamae Bettero (Ubatuba/SP) – R$ 1,2 mil/ 555 pontos no paulista – 1.666 pontos no brasileiro

9 Gustavo Ribeiro (Itanhaém/SP) – R$ 800,00/ 500 pontos no paulista – 1.500 pontos no brasileiro

9 Edgard Groggia (Guarujá/SP) – R$ 800,00/ 500 pontos no paulista – 1.500 pontos no brasileiro

9 Douglas Silva (Ipojuca/PE) – R$ 800,00/ 500 pontos no paulista – 1.500 pontos no brasileiro

9 Tales Araújo (Ubatuba/SP) – R$ 800,00/ 500 pontos no paulista – 1.500 pontos no brasileiro

13 Bruno Galini (Ilhéus/BA) – R$ 600,00/ 450 pontos no paulista – 1.350 pontos no brasileiro

13 Renan Pulga (São Sebastião/SP) – R$ 600,00/ 450 pontos no paulista – 1.350 pontos no brasileiro

13 Ayrton Dilan (Búzios/RJ) – R$ 600,00/ 450 pontos no paulista – 1.350 pontos no brasileiro

13 Jihad Kohdr (Matinhos/PR) – R$ 600,00/ 450 pontos no paulista – 1.350 pontos no brasileiro

 

TODOS OS CAMPEÕES DO CIRCUITO PAULISTA

2017 – Weslley Dantas/Ubatuba

2016 – Peterson Crisanto/PR (campeão paulista: Magno Pacheco/Guarujá)

2015 – Thiago Camarão/São Sebastião

2014 – Wiggolly Dantas/Ubatuba

2013 – Bruno Galini/BA (campeão paulista: Odirlei Coutinho/Ubatuba)

2012 – Ricardo Ferreira/Praia Grande

2011 – Hizunomê Bettero/Ubatuba

2010 – Matheus Toledo/Ubatuba

2009 – Ricardo Ferreira/Praia Grande

2008 – Saulo Júnior/Ubatuba

2007 – Renato Galvão/Ubatuba

2006 – Bruno Moreira/Praia Grande

2005 – Hizunomê Bettero/Ubatuba

2004 – Simão Romão/RJ (campeão paulista: Beto Fernandes/Praia Grande)

2003 – Odirlei Coutinho/Ubatuba

2002 – Renato Galvão/Ubatuba

2000 – Maicon Rosa/Guarujá

1999 – Tadeu Pereira/Ubatuba

1998 – Jair de Oliveira/Santos

1997 – Jair de Oliveira/Santos

1996 – Joca Júnior/RN (campeão paulista: Tinguinha Lima/Guarujá)

1995 – Narciso Oliveira/Ubatuba

1994 – Jair de Oliveira/Santos

1993 – Jojó de Olivença/Guarujá

1992 – Tinguinha Lima/Guarujá

1991 – Renan Rocha/São Paulo

1990 – Douglas Lima/Santos

1989 – Picuruta Salazar/Santos

1988 – Amaro Matos/Guarujá

1987 – Almir Salazar/Santos

1986 – Almir Salazar/Santos

1985/84 – Paulo Rabelo/Guarujá

1983/82 – Almir Salazar/Santos

1981/80 – Almir Salazar/Santos

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