Uma carga com 8 milhões de mascaras faciais foi embarcada no final de semana no Aeroporto de Shangai (China), pela Allog, empresa especializada em logística internacional com matriz em Itajaí (SC), para atender a demanda de importação de companhias privadas e do setor público de diferentes regiões do país. Itens essenciais na prevenção da transmissão do coronavírus, as máscaras chegaram no sábado, no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, em dois aviões fretados do modelo B787.
Conforme Bruna Rossi, gerente de produto aéreo da Allog, a empresa vem trabalhando incessantemente, há três semanas, para auxiliar no plano de logística de importação pelo modal aéreo de materiais essenciais ao combate do novo coronavírus no Brasil. “Diferentes demandas de equipamentos médicos, testes para Covid 19, respiradores, medicamentos e máscaras faciais estão sendo recebidas diariamente, tendo como principais importadores hospitais, empresas farmacêuticas e as indústrias que seguem operando, mas precisam proteger seus colaboradores neste período de risco”, explica.
Várias empresas aéreas ao redor do mundo estão fazendo voos exclusivos de carga em aeronaves de passageiros para minimizar os efeitos da queda no transporte aéreo. Segundo estimativa da Associação Internacional de Transportes Aéroes (IATA) divulgada no dia 31 de março, a queda do número de passageiros e as restrições que os governos impuseram ao transporte aéreo para tentar retardar a disseminação do novo coronavírus causarão um prejuízo líquido de cerca de R$ 202 bilhões (US$ 39 bilhões) às empresas do setor no mundo, apenas entre abril e junho deste ano.
Segundo Bruna Rossi, entre as vantagens do fretamento de aeronaves de carga se destacam a acessibilidade a uma gama maior de aeroportos, economia e possibilidade de escolha da aeronave. “Além de um excelente custo e benefício quando aliado à otimização do tempo e agilidade na destinação da carga ao local desejado”, diz.
Desde o início de março, a China já exportou quase 4 bilhões de máscaras para a luta contra a pandemia do novo coronavírus, segundo autoridades daquele país. Apesar da diminuição de casos em seu território, Pequim pediu às fábricas que aumentassem a produção de equipamentos médicos, em meio à escassez sofrida por outros países. O gigante asiático vendeu para cerca de 50 países um total de 3,8 bilhões de máscaras, 37,5 milhões de trajes protetores, 16 mil respiradores e 2,8 milhões de kits de diagnóstico de Covid-19, declarou Jin Hai, uma autoridade da alfândega local. No total, estas exportações estão avaliadas em cerca de 1,4 bilhão de dólares.