Nos últimos dois anos, o cenário mundial da saúde foi transformado pela chegada da pandemia da COVID-19. No Brasil, o número de exames anuais caiu porque muitos evitaram ir aos hospitais por medo de contrair o novo coronavírus. Um levantamento realizado pela Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI) — gestora de serviços de diagnóstico por imagem em na rede pública — aponta que, de 2019 para 2020, o número de exames de imagem realizados para diagnósticos de doenças reduziu 26% na rede pública onde FIDI atua (foram cerca de 3,3 milhões de exames em 2020 e 4,5 milhões em 2019). Em 2021, o cenário ensaiou uma leve retomada em relação a 2020, mantendo a quantidade de exames realizados (3,3 milhões em 2020 e 2021), mas o valor ainda é considerado baixo para diagnóstico por imagem.
Os exames de rastreio ajudam a identificar doenças em estágio inicial, mesmo quando ainda não apresenta sintomas. Em casos de doenças potencialmente mais graves, como o câncer, por exemplo, os exames de imagem são fundamentais para identificar lesões iniciais de pequeno tamanho, quando ainda não oferecerem grandes riscos, como no câncer de pulmão, de intestino grosso, de mama e de próstata, identificados com tomografias, mamografias, colonoscopias, entre outros. O câncer de mama por exemplo, se descoberto na fase inicial, pode alcançar uma chance de cura de 90% segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
“A importância do diagnóstico precoce está justamente na possibilidade do aumento das chances de cura e para evitar o avanço da doença para casos mais graves. Esse é o momento no qual o médico pode intervir da melhor forma, visando a cura do paciente. Com a pandemia, muitas pessoas deixaram de ir a consultas e de realizar os exames direcionados para os seus problemas de saúde ou para o rastreio de doenças, com isso, você acaba diminuindo realmente a chance de ter diagnósticos precoces”, comenta Igor Santos, médico radiologista e superintendente de Inovação da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI)
Sobre a FIDI
Fundada em 1985 por médicos professores integrantes do Departamento de Diagnóstico por Imagem da Escola Paulista de Medicina — atual Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) –, a FIDI é uma Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas. Com 1.910 colaboradores e um corpo técnico formado por mais de 500 médicos, a FIDI está presente em 77 unidades de saúde nos estados de São Paulo e Goiás, e é a maior prestadora de serviços de diagnóstico por imagem do SUS, realizando aproximadamente 5 milhões de exames por ano, entre ressonância magnética, tomografia computadorizada, ultrassonografia, mamografia, raios-X e densitometria óssea.
A Fundação também trabalha na proposição de soluções inovadoras para a saúde pública, como o sistema de análise de imagens de tomografia computadorizada por inteligência artificial, e participou da primeira Parceria Público-Privada de diagnóstico por imagem na Bahia. Por duas vezes, a FIDI recebeu o prêmio Referências da Saúde 2019 e 2020, na categoria Qualidade Assistencial, e por três vezes foi medalhista em desafios internacionais de aplicação de inteligência artificial no diagnóstico por imagem, propostos na conferência anual da Sociedade Norte-Americana de Radiologia, considerado o maior congresso do setor no mundo. Ao final de 2020, a Central de Laudos da FIDI obteve a certificação ISO 9001:2015 de Gestão da Qualidade, pela International Organization for Standardization e, em 2021, recebeu o selo de “Excelente Empresa Para se Trabalhar” (GPTW).