A Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), SENAI e SESI da região de Brusque promoveram, na manhã desta quarta-feira (15) um encontro de aproximação entre instituições e prefeituras municipais de Brusque, Nova Trento, Guabiruba e Botuverá, além das secretarias de Educação. O objetivo da reunião foi de debater o cenário empresarial e industrial da região, e buscar soluções para demandas que surgem das empresas relacionadas principalmente aos profissionais especializados.
Para se ter uma ideia, entre janeiro e novembro de 2023 foram criadas 101.062 vagas com carteira assinada em Santa Catarina, o quinto lugar em geração de empregos no Brasil conforme dados divulgados pelo Governo Federal, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O setor da indústria foi um dos que mais gerou vagas, com 16.486 oportunidades.
Há alguns anos, contudo, têm-se notado a falta de mão-de-obra em diversos segmentos de trabalho e, conforme Silvana Meneghini, diretora do SENAI e SESI, este problema ultrapassa o estado e chega a ser uma demanda nacional.
“Nossa intenção com este encontro é que, em conjunto, consigamos alcançar soluções para este problema de falta de profissionais especializados. SESI e SENAI como instituições de ensino, juntos com o poder público municipal, podem construir alternativas que promovam o despertar deste jovem para o mundo do trabalho, bem como desenvolvermos alternativas de requalificação para aquelas pessoas que já estão no mercado, porém buscam uma evolução profissional”, completa ela.
Durante a reunião, o SENAI apresentou cursos que podem despertar o interesse dos jovens ainda em fase escolar, como de Aprendizagem Industrial e Gestão Financeira, por exemplo.
A intenção, conforme esclarece Silvana, é de que os estudantes tenham contato desde cedo com novas profissões e, assim, possam fazer escolhas profissionais que agradem seu gosto pessoal e que também sejam ofertadas em larga escala na região.
De acordo com o prefeito de Brusque, André Vecchi, o município tem “uma lista constantemente aberta no SINE com vagas aguardando o preenchimento, mas sem mão de obra qualificada, pessoas sem formação”, explica. Por esta razão o incentivo à educação se torna tão importante dentro das escolas e comunidades.
O desafio é apresentar oportunidades para que jovens, e pessoas que busquem novas áreas de atuação e um recomeço na carreira, tenham interesse pelas ofertas industriais. De acordo com o vice-presidente da FIESC na regional de Brusque, Edemar Fischer, apresentar essas carreiras no início da educação pode ser uma alternativa.
“Somos cobrados pela escassez de mão de obra qualificada e notamos que este não é um problema isolado. Por isso alguns cursos, ainda que breves, já dão uma noção para o estudante que está na escola e pode despertar o interesse para o ramo industrial”, completa ele.