quarta-feira, dezembro 18, 2024

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Impostômetro do IBGPT revela alta carga tributária no Natal

Estudo foi baseado em produtos apontados por consumidores para a Rede Globo. Taxação alta é mais significativa para classe DE, cuja remuneração é menor

 

Uma pesquisa realizada pela PinOn para a Rede Globo mostra que 83% dos brasileiros irão comprar ingredientes para preparar a ceia de Natal este ano. Além disso, o estudo destaca que 54% dos entrevistados pretendem reduzir gastos de mercado, em razão dos preços altos, e elenca os produtos que serão mais utilizados pelas classes AB, C e DE. Com base nisso, o Instituto Brasileiro de Gestão e Planejamento Tributário (IBGPT) montou o tradicional Impostômetro de final de ano para mostrar o impacto da taxação nacional.

 

“Verificamos quais produtos apareciam em duas ou três classes sociais na pesquisa, apontados por mais de 40% de cada grupo entrevistado. Então, procuramos um preço médio para os itens num mercado da região. Um pacote de arroz, que lidera o ranking, custa R$ 29,99 para cinco quilos. No entanto, ele poderia ser 17,51% mais barato sem a taxação. As frutas e o Chester também aparecem nas três listas. Enquanto um quilo de uva niagra tem 23,30% de impostos embutidos, um Chester possui 35,78%. Pode parecer pouco, mas a tributação dá uma diferença significativa nos preços finais”, pontua o CEO do IBGPT, Thiago Alves.

 

Ainda segundo a pesquisa da Rede Globo, panetone ou chocotone e refrigerantes estão nas listas de compras das classes AB, C e DE. Um panetone de 400 gramas, com preço médio de R$ 14,99 poderia sair por R$ 9,52 não fossem os 36,50% de impostos indiretos. Uma única lata de 350ml de refrigerante, por sua vez, poderia custar R$ 2,41 sem os 36,56% de taxação.

 

Classes sociais têm condições diferenciadas

Não é segredo que a realidade financeira entre as classes AB e DC são extremamente distantes. O estudo da Rede Globo, por exemplo, mostra que tender e espumante aparecem apenas no ranking dos mais ricos. As classes mais pobres adotam massa como uma opção para a ceia de Natal.

 

“O IBGPT fez uma análise geral, com preços médios. Mas a realidade não é essa. A classe AB poderá comprar vinhos internacionais de três dígitos, cervejas exclusivas e queijos de grife. Isso não será visto na classe DE, obviamente. Mas há mais uma problemática: o impacto dos impostos indiretos não fará nem cócegas nos mais ricos, enquanto para os mais pobres, que recebem remunerações menores, pode resultar em uma celebração sem troca de presentes. Afinal, alimentação é uma necessidade básica e tende a ser a prioridade até na noite de Natal”, finaliza Alves.

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