São Paulo, janeiro de 2022 — Planejamento familiar, conhecimento e acesso a métodos contraceptivos modernos são fundamentais para garantir a independência e dignidade das mulheres. Como reflexo de um cenário ainda longe do ideal, o índice de gravidez não planejada no Brasil continua alto e alarmante: a recente pesquisa realizada pela Bayer, em parceria com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e conduzida pelo IPEC (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) em agosto e setembro de 2021, revelou que 62% das mulheres internautas (isto é, quase 2/3) já tiveram pelo menos uma gravidez não planejada. Em comparação com estudo anterior, realizado em 2011 e 2021, é possível ver um aumento em relação à taxa que, antes, era de 55%[1]. Ambas estão acima da média mundial, de 40%¹. Os dados apontam, ainda, que 48% das mulheres que tiveram alguma gravidez não planejada engravidaram pela primeira vez entre os 19 a 25 anos de idade.
“A gente fala muito sobre a importância do planejamento familiar, que vale tanto para a mulher, quanto para o homem. Uma gravidez não planejada, claro, não significa necessariamente que o filho não seja desejado — muito pelo contrário. Mas, precisamos garantir que as mulheres possam decidir quando e com quem elas querem ter filhos. A maternidade tem impacto na vida pessoal, financeira e profissional. Entre as jovens, inclusive, também pode afetar os estudos,” explica Dra. Thais Ushikusa, ginecologista, obstetra e Gerente Médica de Saúde Feminina na Bayer Brasil. “Índices altos de gravidez não planejada estão diretamente ligados ao conhecimento e acesso a métodos contraceptivos. A Bayer, como líder em saúde feminina, acredita que devemos garantir que mulheres de todo o Brasil tenham acesso a métodos modernos para poderem escolher se e quando gostariam de ser mães”.
Conhecimento é palavra-chave
Saber quais são, como funcionam e como devem ser utilizados os métodos contraceptivos disponíveis é fundamental. Isso porque os principais motivos apontados que levaram as mulheres a uma gravidez não planejada são não fazer uso de método (34%), falha do método (27%) e o uso de maneira errada (20%). Além disso, apesar de 54% das mulheres não utilizarem métodos contraceptivos quando engravidaram sem planejar, hoje, 65% destas mulheres que tiveram alguma gravidez não planejada concordam que se tivessem mais conhecimento sobre contraceptivos na época, poderiam ter evitado a gravidez.
“Entre os métodos contraceptivos mais comumente usados, como camisinha e pílula anticoncepcional, nenhum tem índices de falha tão altos. A pílula e a camisinha masculina, por exemplo, têm 93% e 82% de eficácia, respectivamente[2]. Isso, claro, desde que utilizados de forma correta. O que os dados revelam, então, é um possível desconhecimento. A pílula anticoncepcional deve ser tomada diariamente, sempre no mesmo horário. Alterar a regularidade reduz sua eficácia. Já a camisinha precisa ser colocada de forma correta, apenas uma (para evitar rompimento), não pode ser colocada muito tarde e precisa ser retirada logo após a relação. É importante frisar que todo método, quando utilizado de forma incorreta, aumenta os riscos de gravidez”, esclarece Dra. Maria Celeste Osório Wender, ginecologista, professora titular do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Diretora de Defesa e Valorização Profissional da FEBRASGO, comenta sobre os impactos da gravidez não planejada no Brasil.
Segundo a pesquisa, 53% das entrevistadas aprenderam sobre contracepção com a ginecologista ou outro profissional da saúde e 27% aprenderam na escola. Além disso, 68% começaram sua vida sexual até os 18 anos e 66% não foram a uma ginecologista antes de ter a primeira relação (dentre as mulheres da classe C são 71%). A pesquisa aponta, ainda, que as mulheres que não foram ao ginecologista antes de iniciar a vida sexual não sabiam (29%) que precisavam ir a um profissional e (27%) não foram porque tinham vergonha. O levantamento também demonstrou que entre as mulheres que usam contraceptivos, 23% o fazem por conta própria (sem indicação de um especialista), 6% por indicação de um familiar, 2% amigos e 2% internet.
“A escolha do método contraceptivo deve ser sempre realizada em consultório com a devida orientação da ginecologista, pois, além de ser avaliado o método mais adequado de acordo com a saúde da mulher e seus planos familiares, as devidas orientações de como funciona, adaptações ao método e possíveis mudanças podem ser feitas de forma mais assertiva, promovendo um maior conhecimento e confiança entre as mulheres” explica Dra. Celeste.
Contraceptivos de longa ação: mais segurança e autonomia
Os métodos contraceptivos de longa ação, como DIUs hormonais, DIU de cobre e implante, têm revolucionado a contracepção e contribuído de forma positiva com o planejamento familiar das mulheres. Apesar de ainda não serem os mais utilizados, 94% das mulheres entrevistadas concordam que os métodos de longa ação trazem mais liberdade e autonomia.
“Os métodos contraceptivos de longa ação dão mais liberdade para as mulheres porque elas não precisam lembrar de utilizá-los diariamente. A colocação é simples e, no caso do DIU, desde que seja feito um acompanhamento para garantir que ele está no local correto, a mulher pode viver tranquilamente sabendo que a eficácia do método se mantém. Os métodos de longa ação têm eficácia comprovada de 99,2% a 99,9%[2] (dependendo do método). Tanto que a pesquisa mostrou que as mulheres que optam pelo contraceptivo de longa ação, a principal motivação (49%) é a segurança oferecida,” explica a Dra. Thais.
Como uma solução para evitar gestações não planejadas entre as jovens, 93% das mulheres concordam que é necessário ampliar o acesso a informações sobre métodos contraceptivos de longa ação. “A duração desses métodos varia de três a dez anos e é importante reforçar: contraceptivos de longa ação não são permanentes. Qualquer mulher pode utilizá-los, tanto as mais velhas como as mais jovens. O principal fator decisor vai ser justamente os planos familiares das mulheres: se elas não querem ter filhos nos próximos anos, os contraceptivos de longa ação são uma excelente opção. Hoje em dia, os contraceptivos de longa ação, como DIU hormonal e de cobre, já são amplamente cobertos pelos planos de saúde e disponíveis no SUS, com algumas exceções”, complementa Dra. Thais.
O estudo tinha como objetivo entender o cenário atual do Brasil em relação a gravidez não planejada, bem como o conhecimento e acesso das mulheres a métodos contraceptivos. Ao todo, mil mulheres foram ouvidas, de todas as regiões do país, das classes A, B e C, que já tenham engravidado. Ele foi realizado por meio de entrevistas online via painel de internautas, entre agosto e setembro de 2021.
Sobre a Febrasgo
Fundada em 1959, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), representa os ginecologistas e obstetras brasileiros, com destaque nacional e internacional.
Há 62 anos promove o aperfeiçoamento técnico-científico dos ginecologistas e obstetras, através de educação e informações confiáveis, além de se preocupar com os aspectos éticos do exercício da profissão.
Como missão a entidade tem se dedicado continuamente ao cuidado da saúde das mulheres, onde a anticoncepção é um dos temas em constante aprimoramento e atualização para que os especialistas possam prestar uma melhor assistência durante todo o ciclo da vida reprodutiva das mulheres. Ao lado da evolução técnica, a Febrasgo tem acompanhado as mudanças no modo como as mulheres se veem, seus anseios e experiências e como relacionam-se consigo e com o mundo.
E para investir na constante expansão das necessidades relacionadas à pauta da saúde feminina e dar maior atenção a temas específicos dentro da Ginecologia e Obstetricia, tem em sua composição as 29 Comissões Nacionais Especializadas (CNE), onde cada uma delas se posiciona com as principais novidades e questionamentos, além de fomentar o incentivo a pesquisas e divulgação dos avanços da sua área.
A Febrasgo se comunica constantemente com seus associados e profissionais de saúde ligados à assistência da mulher através de seus canais digitais (site, redes sociais, e-mail) e também investe em iniciativas para se tornar referência para público leigo. Essas ações são feitas através da Plataforma Feito para ELA, com conteúdo de saúde, bem-estar, comportamento e outros, numa linguagem acessível, de forma a contribuir para a difusão de conteúdos de qualidade para a mulher, considerando seus diferencias, singularidades e potências.
E para exercer todos os papeis que lhe cabem nos cenários atual e futuro a Febrasgo visa expandir cada vez mais sua missão e consolidar-se no âmbito da saúde da mulher como referência científica e profissional em todas as regiões do Brasil.
Saiba mais no site da Febrasgo
125 anos da Bayer no Brasil
A Bayer celebra, em 2021, 125 anos de Brasil. Chegou ao País em 1896, abrindo a primeira fábrica no Rio de Janeiro. Hoje, está presente em mais de 30 cidades, com 6.500 profissionais espalhados de norte a sul. O Brasil é o maior mercado da Bayer na América Latina e local de grandes descobertas na medicina, de novas tecnologias para o campo e de inovações que melhoram a qualidade de vida do brasileiro e contribuem para o desenvolvimento do país.
O Grupo está atento aos novos desafios da humanidade, cada vez mais coletivos e que não podem ser solucionados por atores isolados. Por isso, tem investido cada vez mais em modelos de negócios baseados em colaboração, por meio de suas três divisões e do seu primeiro hub de inovação aberta da América Latina, com parcerias relevantes para os negócios.
E para construir os próximos 125 anos, mais que fortalecer sua voz, a Bayer quer ampliar sua escuta e entender cada vez melhor as expectativas da sociedade e as necessidades dos clientes: seja o agricultor, o médico, o paciente, o consumidor — e a sua gente, cada vez mais plural e diversa; quer estreitar laços, alinhar expectativas, promover o diálogo, aproximar sua comunicação e construir os próximos passos da empresa junto ao público. Porque Você e Bayer: é bom. Para saber mais, acesse site da Bayer.