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“Inovações terapêuticas” marcam o I Simpósio de Cardiologia do Oeste

Os mais recentes avanços da cardiologia estiveram em foco, no último fim de semana, durante o 1º Simpósio de Cardiologia do Oeste Catarinense, em Chapecó. O evento contou com participação de especialistas de todo o País e reuniu público formado por médicos cardiologistas, clínicos gerais, emergencistas, intensivistas, hospitalistas, médicos residentes, além de profissionais que atendem às linhas de frente do serviço público e estudantes de medicina.

Para o médico cardiologista cooperado da Unimed Chapecó e diretor da Sociedade Catarinense de Cardiologia – região Centro Oeste e Oeste, Dr. Alexandre Miguel Haisi Klita, o evento representou uma excelente oportunidade para atualização nas diferentes áreas da cardiologia. “Além disso, permitiu a troca de experiências entre os profissionais da área, o que é essencial para o desenvolvimento e o fortalecimento dos centros médicos de nossa região”.

A presidente da Sociedade Catarinense de Cardiologia, Dra. Maria Emília Lueneberg, enfatizou que eventos como estes possibilitam a aproximação da Sociedade Brasileira de Cardiologia às diversas regiões do Estado, permitindo a difusão e a troca de conhecimento. “O oeste catarinense tem uma cardiologia de ponta, realizando procedimentos invasivos nas áreas de arritmias, hemodinâmica e na própria cirurgia cardíaca. Esta troca de informações é fundamental para que a cardiologia cresça como um todo. A promoção de eventos regionais também é importante para conhecermos as dificuldades de cada região e verificar de que forma a entidade pode ajudar, o que possibilita fortalecer o Estado e a própria Sociedade Catarinense de Cardiologia”, afirmou.

O presidente eleito da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Dr Oscar Pereira Dutra e o vice-presidente da Sociedade Catarinense de Cardiologia, Dr. Wálmore Pereira de Siqueira Junior, também reconheceram a importância da iniciativa para promover o conhecimento e consolidar o segmento em todas as regiões do país. Segundo Dr. Dutra, há uma tendência de aumento de eventos regionais no Brasil e no mundo. “Encontros com público menor e número reduzido de palestrantes têm uma expertise muito importante hoje. É uma forma de divulgar conhecimentos de forma facilitada pela informalidade. Gosto disso e tenho participado ao longo do tempo de iniciativas desta natureza”.

O diretor de relacionamento e marketing da Unimed Chapecó, Dr. Rovani José Rinaldi Camargo, realçou que as diretrizes da cooperativa médica contemplam investimento em difusão de conhecimento em todos os níveis, além de tecnologia para oferecer o que existe de mais moderno e eficaz nas mais diversas áreas da saúde. “Investimos em um centro de referência na área de cardiologia, temos trabalhado intensamente para a excelência dos serviços e estamos conquistando resultados expressivos”.

PREVENÇÃO CARDIOVASCULAR

Definida como uma série de ações coordenadas dirigidas às populações visando erradicar ou minimizar o impacto das doenças cardiovasculares e suas consequências, a “Prevenção Cardiovascular” foi um assunto amplamente discutido no evento. Durante palestra sobre o tema, o ex-presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Dr. Antonio Felipe Simão, pontuou aspectos sobre a “aterosclerose nos dias atuais” e “a melhoria nas taxas de mortalidade relacionadas à prevenção cardiovascular e não ao tratamento”.

De acordo com o médico, a prevenção inclui evitar qualquer forma de exposição ao tabaco, praticar atividade física com intensidade moderada (150 minutos na semana), evitar a obesidade, entre outros aspectos. Ao mencionar a relevância de medidas preventivas, assinalou que a doença cardiovascular aterosclerótica é a maior causa de morte no mundo moderno e, por isso, estimar e abordar os fatores de risco é fundamental durante a vida toda.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que as doenças cardiovasculares como o infarto agudo do miocárdio e o acidente vascular cerebral são as principais causas de morte no mundo, responsáveis por aproximadamente 30% da mortalidade global. “No Brasil, a realidade epidemiológica não é diferente. A compreensão da correlação da presença de fatores de risco e o aumento da mortalidade cardiovascular associada à adequadas políticas públicas de saúde, principalmente voltadas à atenção primária, são fundamentais para mudar esse cenário”, observou Dr. Alexandre Miguel Haisi Klita ao justificar a importância de aprofundar o tema.

 

 

 

MARCOS A. BEDIN

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