RIO — Depois de aparecer numa campanha da Givenchy, uma das grifes mais tradicionais da moda francesa, ser entrevistada por Oprah Winfrey, a top Lea T. participará logo mais da cerimônia de abertura da Olímpiada, no Maracanã. Lea estará à frente da delegação brasileira, carregando a placa Brasil. Lea será a primeira transexual a ter um destaque na festa:
— Não fui eu quem fez história. Fomos nós que fizemos. Se eu cheguei aqui, é porque muita gente acreditou que uma pessoa com diferenças, como eu, poderia estar ali — comenta Lea, em entrevista exclusiva ao ELA. — Represento uma causa.
— Nunca pensei estar nos jogos, assim como todas as outras coisas que me aconteceram. Nunca calculei nada. Vivia pensando no fututo, mas descobri que é muito melhor viver o presente. Por que projetaria ir à Olímpiada. Para quê? Qual seria o fim? Para ser vista? Não é para fazer a bonita, mas para passar uma mensagem. Eles (os organizadores) que tinham que ter a consciência de colocar alguém para passar essa mensagem.
Lea usará look assinado pela marca Mormaii: “Desenvolvemos uma roupa de airprene, que tem a borracha toda vazada com micro furos, para que exista a saída de umidade e a troca de calor, evitando a transpiração. Além disso, esse material é tecnológico e flexível e agora com a ascensão do surfe brasileiro, ele também representa muito bem o nosso país”, explicou a estilista Tainah Juanu, da Mormaii.

A modelo não sabe ainda se acompanhará os jogos pessoalmente, mas quer estar na plateia na paraolímpiada.