Um atleta da Nova Zelândia sofreu um sequestro relâmpago, no último sábado (23), quando retornava de um campeonato de Jiu-Jitsu em Resende, região sul do estado. O faixa-azul de 27 anos está na cidade há cerca de dez meses, treinando na academia GFTeam, em busca de experiência para realizar o sonho de viver da arte suave.
Em entrevista ao site neozelandês “Stuff.co.nz”, Jason Lee diz que foi abordado por dois policiais devidamente fardados, que cercaram o seu carro com duas motos e lhe mandaram encostar. Quando parou, o lutador se deu conta de que não era uma simples ‘dura’, já que os supostos policias o obrigaram a entrar em um carro particular para ir sacar dinheiro em caixas eletrônicos, sob pena de prisão em caso de resistência.
Através de suas redes sociais, Lee desabafou sobre o lamentável episódio na cidade que irá sediar as Olimpíadas em alguns dias. “O que fizeram de bom ontem? Eu fui sequestrado. Não por algumas pessoas aleatórias com armas, mas sim policiais completamente uniformizados. Eu fui ameaçado de prisão, caso eu não entrasse em um carro particular para acompanhá-los até dois caixas eletrônicos para retirar uma grande soma de dinheiro para o suborno”, disse o atleta, ironizando a situação do país.
“Viva Olimpíadas!. Eu não tenho certeza o que é mais deprimente, o fato de essas coisas estarem acontecendo com os estrangeiros tão perto dos Jogos Olímpicos ou o fato dos brasileiros viverem em uma sociedade que permite que esse tipo de absurdo diariamente. Este lugar é bem e verdadeiramente f.** em todos os sentidos da palavra que se possa imaginar”, disse Jason.
Jason ainda publicou em seu Twitter que alguns policiais militares foram ao seu apartamento na segunda-feira (25) sem avisar. O lutador ligou para a embaixada do seu país e estaria esperando a chegada da polícia civil, que segundo ele, assegurou que, mediante uma declaração, ele não poderia mais ter nenhum dos seus dados disponíveis para acesso dos policiais militares.
A revista ‘Times” confirmou as informações de que o lutador teria sido forçado a ir em pelo menos dois caixas eletrônicos e obrigado a sacar cerca de dois mil reais, mas não há confirmações se os dois indivíduos eram mesmo policiais ou bandidos. A Polícia Civil e Militar do Rio de Janeiro não se pronunciaram até o momento sobre o ocorrido.
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