Marco Feliciano manda recado a Temer: “é preciso coragem”

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Em seu primeiro mandato, o deputado pastor Marco Feliciano (PSC/SP) foi duramente perseguido por movimentos de esquerda ligados ao Partido dos Trabalhadores (PT). Teve sua vida vasculhada, foi alvo de manifestações de intolerância religiosa tendo visto, inclusive, igrejas e eventos onde ele pregava serem invadidas por militantes LGBT.

Reeleito com cerca de 400 mil votos em 2014, ele tem se tornou um dos maiores críticos ao governo Dilma dentro do Congresso.

Durante todo o processo do impeachment, pediu para que evangélicos fossem para as ruas e orassem pelo país. Quando Michel Temer estava prestes a assumir a presidência, Feliciano surpreendeu ao mostrar, durante um culto nos Gideões, o então vice pedindo orações em seu favor e pelo país.

Feliciano tem usado as redes sociais para apoiar o novo governo do Brasil. Em um vídeo postado na tarde desta segunda (16) afirmou que “confia plenamente” nos ministros indicados por ele. Contudo, tem uma ressalva. Para o parlamentar, parece que as posturas públicas requerem pulso firme. Estimulou os novos titulares das pastas a “encarar ativistas, movimentos sociais e artistas”.

Disse ainda que, se os ministros fizerem um levantamento dos últimos 13 anos de administração, irão encontrar irregularidades que “vamos colocar pessoas na cadeia”. Alertou que, caso não haja uma postura de enfrentamento, Temer e seus ministros acabarão se tornando “refém para sempre desse grupo criado pelo PT e seus puxadinhos”.

Utilizando de ironia, provocou os críticos de Temer e fez um desabafo: “É hora de pensarmos no país!”. Finalizou, lembrando dos milhões de desempregados da nação e das milhares de empresas fechadas nos últimos tempos.

Nova direita

Recentemente, Marco Feliciano foi identificado pelo jornal The Guardian como parte da “ascensão da direita ultraconservadora” no Brasil. O diário inglês, conhecido pela sua postura liberal, teceu vários comentários sobre o trabalho do parlamentar, especialmente por ele defender valores cristãos, o que sempre incomodou a esquerda tupiniquim.

Colocando-o ao lado de Jair Bolsonaro – ambos são do Partido Social Cristão – como sinal mais visível da ascensão política dos evangélicos no país. Segundo a análise estrangeira é inegável a consolidação da “nova direita” no país, como uma resposta a imposição do socialismo bolivariano de Lula/Dilma, que se mostrou fracassado.

Ao jornal, Feliciano declarou: “Vou concorrer para o senado na próxima vez e a presidência mais tarde.”