A dona de casa Elisângela Aparecida Barbosa de Oliveira, 41, residente na cidade de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, foi vítima de homicídio. Segundo informações da Polícia Civil e do filho, o agressor foi o seu marido, com quem era casada há nove anos.
Pelos depoimentos de Jhonatan de Oliveira Moreira, 21, filho de Elisângela, o assassinato ocorreu com a irritação do homem, de 31 anos, de que sua mulher estava ouvindo música cristã contemporânea.
A irritação, também, teria ocorrido por algo que ele teria visto no computador pelo qual as músicas eram executadas. “Quando ele entrou, começou a falar que ela estava traindo, conversando com alguém, mas só estava escutando música”, disse o filho.
A ação se deu na região norte de Campo Grande, no bairro Vida Nova. A discussão, ainda, foi presenciada por dois filhos de Elisângela, da idade de 11 e 12 anos. Após levar um tiro no pescoço, a mulher foi socorrida por uma vizinha, mas não resistiu. O suspeito fugiu e deixou a arma utilizada no crime no local.
Segundo depoimento de um dos filhos, a família suspeitava de que Elisângela sofria agressões do marido, mas sempre procurava disfarçar. Ainda afirmou que, segundo ela, o marido usava drogas.
“Vizinhos tinham falado, conversamos com ela, mas ela nunca se abriu conosco. Vimos marcas, hematomas, mas ela nunca falou a verdade. Estamos conturbados, tristes, sem chão. Por mais que a gente sabia que isso ia acabar acontecendo, é devastador pra todos”, afirmou.
O filho mais velho ainda afirmou que, por questões religiosas, a mãe nunca aceitou fugir. “Falava que era culpa da droga, maldita droga. Falava que ele jamais faria isso com ela, que podia bater, mas jamais iria matar. A esperança dela era que ele saísse da droga”.
De acordo com informações da Polícia Militar divulgadas pelo G1, vizinhos chegaram a denunciar a violência doméstica. Mesmo assim, durante a ocorrência em maio do ano passado, Elisângela negou que estava sendo agredida.