Quatro dias após ventos de até 118 km/h atingirem Florianópolis, ao menos três mil unidades consumidoras continuam sem energia elétrica na manhã desta quarta-feira (7), segundo as Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). Com os estragos causados pelo vendaval na madrugada de domingo (4), a prefeitura decretou situação de emergência.
Cem homens dos bombeiros e Exército trabalham desde o temporal na remoção de árvores caídas sobre a fiação da iluminação pública e para o fornecimento de energia para a população. Cerca de 50 técnicos da Celesc também atuam para restabelecer o serviço de iluminação e abastecimento das residências.
“Tivemos dois problemas no Ribeirão da Ilha, na Costa da Caieira, onde outra ávore caiu sobre nosso equipamento nesta madrugada. A expectativa é de que a luz volte por volta das 16h. O trabalho das equipes está sendo feito através de barco, já que os locais atingidos são de difícil acesso”, disse Adriano Luz, engenheiro eletricista da Celesc.
O Sul da Ilha foi o mais prejudicado pela falta de luz, sobretudo os bairros Ribeirão da Ilha e Pântano do Sul. Os bairros do Sul e do Leste da Ilha ficaram sem água, já que a falta de eletricidade comprometeu o bombeamento para as casas.
Normalização de serviços
A expectativa da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) é de que o serviço fosse normalizado nesta quarta. A autarquia afirmou à RBS TV por volta das 6h que não havia como assegurar ainda que o serviço tivesse sido normalizado.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o trabalho de remoção de árvores caídas em residências e ruas pode durar duas semanas. Segundo a Defesa Civil, no domingo, era 800 desalojados por causa do temporal no município.
Entidades que representam o comércio, a indústria e o setor de serviços de Florianópolis têm até segunda-feira (12) para reportar à Defesa Civil municipal prejuízos causados pelo vendaval. Com os dados, a Defesa Civil municipal vai tentar, através da Secretaria Nacional de Defesa Civil, obter ressarcimento dos danos.